O Dia

É TEMPO DE ABRACADABR­A

Uma nova geração de mágicos está dando as cartas no Rio. Além de modernizar­em os truques, artistas como Lucas Toledo têm levado a arte para as ruas, criando novos fãs.

- FRANCISCO EDSON ALVES falves@odia.com.br

No lugar de cartolas, fraques e bengalas, roupas mais leves e trajes tipo esporte fino. Saem os coelhos e pombos e entram em cena os equipament­os eletrônico­s. Assim, modernos, são os mágicos do Rio, que estão em alta e se preparam para um megaencont­ro internacio­nal em março. Vinculados à Associação dos Mágicos do

Rio de janeiro (Amarj) e ao Círculo Brasileiro de Ilusionism­o (CBI) — escolas do ramo mais antigas do país —, pelo menos 100 deles marcarão presença no evento, que deverá ser na capital fluminense.

Com cachês que vão de

R$ 550 a R$ 6 mil, eles são sucessos nas redes sociais e presenças certas em eventos corporativ­os, congressos, formaturas, aniversári­os, resorts, teatros, navios, shoppings e programas de TV. Alguns já têm fama internacio­nal, como Gustavo Vierini, de 30 anos, tido como um dos dez melhores mágicos mentalista­s do mundo. Em 2016, na Itália, entrou para o ‘Guinness Book’, o livro dos recordes, participan­do do maior show de mágica do planeta, com quatro horas de duração. Antes, foi campeão mundial pela Federação Internacio­nal de Sociedades Mágicas. A própria lenda Uri Geller, o paranormal mais intrigante da história, o tem como sucessor. Mês passado, Vierini, também especialis­ta em hipnose, foi a sensação em turnê no exterior.

“É fruto de muito trabalho e estudo de psicologia, para criar o impossível”, diz Vierini, que faz moeda passear dentro de celular. Em registros cartorário­s, adivinhou os campeões e placares das últimas três Copas do Mundo.

Outro que vive de fenômenos inexplicáv­eis é Lucas Toledo, 23. “Aos oito anos, ganhei um kit mágica, que me induziu a estudos mais profundos”, comenta. “Faço objetos, como cartas, dinheiro, guardanapo­s e lenços, flutuarem ou desaparece­rem. Detalhe: só uso cami- sas sem mangas”, gaba-se. Em Volta Redonda, o mágico Rogyster está fundando uma associação com 20 profission­ais do Sul Fluminense. Assim como a Amarj e CBI, Gésio Rocha, seu nome de batismo, forma novos mágicos. Willon Ribeiro e Thiago Teixeira, ambos de 22 anos, são seus alunos. “Tem que ter dom e dedicação”, ensina Rogyster, que faz bola de papel pairar no ar e cair feito folha picada. Funcionári­o da Guarda Municipal, Rocha usa mágica e 36 personagen­s em projeto de educação no trânsito. Considerad­o o rei dos mágicos cariocas, Paladino Jares, 67, presidente da Amarj, já fez mais de 7 mil shows e palestras mundo afora, em 50 anos de carreira. “Há uma safra de bons Misters Ms e Davids Copperfild­s no estado”, garante. O aluno começa a se apresentar após 6 meses de curso. Depois de um ano, recebe certificad­o do Sindicato dos Artistas e registro profission­al no Ministério do Trabalho.

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presidente do Círculo Brasileiro de Ilusionism­o (CBI), montou um show que une comédia e mágica: sucesso Lucas Toledo faz o estilo mágico moderno e gaba-se de fazer objetos sumirem e aparecerem, sem usar roupas de manga
 ??  ?? um dos mágicos mais antigos do Rio, coleciona 7 mil apresentaç­ões e palestras pelo planeta Paladino, Gustavo Vierini, (centro) está fundando uma associação de mágicos no interior. Willian (E) e Thiago são seus alunostido por Uri Geller, o paranormal mais famoso do mundo, como seu sucessor, tem fama mundial O mágico Fini Rogyster
um dos mágicos mais antigos do Rio, coleciona 7 mil apresentaç­ões e palestras pelo planeta Paladino, Gustavo Vierini, (centro) está fundando uma associação de mágicos no interior. Willian (E) e Thiago são seus alunostido por Uri Geller, o paranormal mais famoso do mundo, como seu sucessor, tem fama mundial O mágico Fini Rogyster
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FOTOS DE DIVULGAÇÃO ,de São João de Meriti, é sensação na Baixada Fluminense. Só este ano ele já apresentou 600 shows infantis circenses na região
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Igor Millord,
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