O Dia

Prefeito Marcelo Crivella diz que tentará se reelegerem 2020 e falados cortes na Saúde

- INFORME DO DIA ■ e-mail: paulo.cappelli@odia.com.br

Prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) afirmou à Coluna que tentará se reeleger em 2020. Na entrevista, o alcaide também explicou seu critério para os cortes na Saúde e se disse decepciona­do com o governador eleito, Wilson Witzel (PSC), que o criticou durante debate na televisão.

■ O DIA: No segundo turno da campanha ao Palácio Guanabara, o senhor manteve contato com alguma frequência com Wilson Witzel (PSC). No debate da TV Globo, porém, o então candidato disse que o senhor faz “um péssimo governo”. Como avalia a declaração? Já esteve com ele após o pleito?

■ Não. Ainda não. Olha, na política a gente precisa superar essas coisas que são ditas na campanha, diante das câmeras, de um candidato que está começando agora e que conhece pouco da política. Queria deixar consignado que o governador eleito almoçou comigo, buscou o apoio do meu partido, esteve conosco. Não foi surpresa para nós, mas sim uma decepção.

■ O senhor será candidato a reeleição?

● Sem dúvida. Vou, sim, ser candidato à reeleição se ainda não tiver cumprido a minha missão. Pelo cenário, acho que ainda tenho um tempo... Só vou deixar a cidade do Rio, diferentem­ente do Dória (PSDB) em São Paulo, no dia em que eu puder entregá-la muito melhor do que a encontrei.

■ Segundo levantamen­to do Datafolha, somente 16% dos cariocas aprovam a sua gestão. Isso pode atrapalhá-lo?

● A minha avaliação na prefeitura pode não ser boa, mas é melhor do que as pesquisas do Datafolha mostram. O Datafolha disse que a eleição ao governo estava empatada. O Eduardo Paes (DEM) só cresceu de maneira fictícia no Datafolha. O povo chama de ‘Datafalha’. Aliás, os institutos de pesquisa foram os grandes derrotados desta eleição. ■ Boa parcela da população está preocupada com as 1.400 demissões anunciadas pela prefeitura nas equipes de Saúde da Família. O que o senhor gostaria de dizer a essas pessoas?

● Quero tranquiliz­ar o povo do Rio de Janeiro. O Eduardo botou mais 298 equipes de Saúde da Família sem previsão orçamentár­ia e sem disponibil­idade financeira. Isso foi meramente eleitoral para empurrar o candidato dele em 2016. As pessoas me falavam: “Demita todo mundo.” Não fiz isso. No pior momento da crise, estudei por um ano e meio se aquelas 298 equipes de saúde da família iriam fazer falta ou não.

■ Qual o critério adotado?

● Verifiquei, com números, que essas clínicas não representa­ram nenhum avanço nos índices. Não diminuíram a mortalidad­e infantil, as mortes de mulheres na maternidad­e, os índices de vacinação, de dengue... E onde estava a maioria dessas equipes? Em áreas que não têm baixo IDH. Por exemplo, onde moro, no Península, na Barra, tem 100% de cobertura de Saúde da Família. E nunca recebi a visita de um agente, até porque não tem necessidad­e. Havia uma ociosidade tremenda. Esses recursos podem ser melhor aplicados em hospitais, clínicas e UPAs.

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ALEXANDRE BRUM
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