Cocaína, celulares e até alambique
> Na época, o flagrante do alambique no presídio de Japeri causou surpresa até mesmo a especialistas, como José Vicente Filho, exsecretário Nacional de Segurança Pública. “O fato é grave e demonstra que ainda existem falhas graves no sistema prisional do Rio”, opinou.
“É inadmissível que um esquema daqueles (com pelo menos seis baldes, garrafas de vidro e de alumínio, mangueiras e até um fogareiro improvisado para fermentação e destilação de cana, cascas de laranja ou restos de alimentos) passe despercebido. Ainda mais pelo cheiro inconfundível de aguardente”, completou Vicente.
Outros flagrantes causaram perplexidade. Como no caso de uma mulher que tentou entrar no presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, com 296 papelotes de cocaína, dos quais 100 estavam costurados na barra do sutiã e 196, na vagina.
Levantamento do Tribunal de Justiça (TJ) mostrou que os presídios do Rio estão com o dobro da capacidade. O estudo mostrou ainda que dos 51 mil presos fluminenses, 40% têm entre 22 e 29 anos, que poderiam estar no mercado de trabalho.