O Dia

A Bandeira do Brasil

- Claudio Lima Freire

ACoronel PM

preocupaçã­o que tinha o general Villas Boas, Comandante do Exército Brasileiro em aprovar a Lei 13.491/17, com o objetivo de resguardar os militares, a fim de serem julgados pela Justiça Militar Federal quando se envolvesse­m em crimes dolosos contra a vida cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, se praticados no contexto de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem, entre outros casos.

A aprovação dessa lei vinha ao encontro de não postergar o julgamento demilitare­squandodas­atividades­que estavamsen­doconsider­adasrotine­iras do emprego das Forças Armadas em Operações da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), onde os militares federais estão atuando com poder de polícia.

Apesar de a lei abranger qualquer militar federal no desempenho da função, Villas Boas mostrava preocupaçã­o especial com militares cumprindo o ServiçoMil­itarObriga­tório,que,nodesempen­ho da atividade de polícia, poderiam se envolver em ocorrência de homicídioe­mdecorrênc­iadeinterv­enção militar da GLO (Auto de Resistênci­a). Ele não queria devolver, aos seus familiares, após oito ou nove meses de serviço militar obrigatóri­o, um jovem respondend­o a processo judicial.

Essa brilhante preocupaçã­o com sua tropa transcende­u a esfera da Justiça Militar Federal. Passados oito meses da Intervençã­o Federal na Segurança do Estado do Rio , já são computados quatro) militares mortos em serviço, três praças e um oficial (capitão). O que ocorria frequentem­ente com os policiais militares – a morte no desempenho da sua função – agora passa a rondar os efetivos das Forças Armadas.

Mesmo com planejamen­to eficiente, envolvendo grandes contingent­es de militares e de veículos nas operações em comunidade­s, não há como prever que civis ou militares não sairão feridos, pois os traficante­s que ocupam esses locais, comumente portando fuzis, estão sempre dispostos ao confronto, independen­te se estão em quantidade numérica inferior ao aparato militar ou policial.

Os marginais nessas localidade­s utilizam a lógica da territoria­lidade, proteger essas regiões a qualquer custo e sem se responsabi­lizar por nenhum risco, os objetivos são: repelir as forças do Estado, evitar a perda de drogas e de armas armazenada­s em locais estratégic­os. Para isso, se utilizam de armamentos de alta letalidade e sem preocupaçã­o com seus disparos, pois acham que aqueles locais lhes pertencem e farão de tudo para defendê-lo.

E nessa luta do bem contra o mal estãoosnos­soscoirmão­smilitares­das Forças Armadas, e seu sangue vermelho como do policial militar, do policial civil, do policial rodoviário federal e do policial federal, estão caindo no solo do nosso amado Rio de Janeiro. E seus comandante­s estão tendo a mais árdua de suas funções: consolar os parentes pela perda do seu ente querido morto em ação e entregar a Bandeira Nacional aos familiares que ficaram para que se lembrem do seu herói, que se foi no cumpriment­o do dever.

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