Donald Trump na berlinda
Americanos escolhem parlamentares e indicam aprovação, ou não, de presidente
As midterms - eleições legislativas de meio de mandato - levaram milhões de norte-americanos de 50 estados às urnas para escolherem os membros da Câmara dos Representantes e do Senado. O pleito que define o quadro partidário das duas Casas recebeu atenção inédita do presidente pela necessidade de manter a superioridade republicana ante os opositores democratas.
“O tema central das eleições é Trump, Trump, Trump”, resumiu Cliff Young, do Instituto Ipsos dos Estados Unidos.
Em alguns estados, a votação antecipada ocorre há algumas semanas, e a participação tem superado recordes.
Encarada como avaliação do governo Trump, a votação é decisiva para as propostas conservadoras de Trump. Medidas anti-imigração, pacotes de sanções a adversários políticos e até o arquivamento de um processo de impeachment contra o presidente estarão ameaçados caso as urnas decretem vitória democrata na Câmara dos Representantes, como muitas pesquisas indicaram nos últimos dias.
Atualmente, das 435 vagas da Câmara dos Representantes, 237 são republicanas, 193 democratas. No Senado, o cenário é ainda mais apertado. As cem cadeiras são dividas entre: 51 republicanos, 47 democratas e dois independentes.
Assim como nas eleições brasileiras, as mulheres mostraram-se decisivas no resultado da votação, de acordo com o instituto público de pesquisa ‘US Bureau of Labor Statistics’. Em 2016, 52% das mulheres brancas com formação universitária apoiaram Trump, mas as últimas pesquisas sugerem uma liderança maciça para os democratas. No geral, o instituto estima vantagem de 49% para os democratas contra 41% dos republicanos. Os demais votos seriam destinados a partido menores e independentes.
FACEBOOK BLOQUEIA CONTAS
Na segunda-feira, às vésperas das eleições, o Facebook fechou 30 contas da plataforma e mais 85 perfis no Istagram após autoridades norte-americanas alertarem sobre vínculos com “entidades estrangeiras”. As páginas bloqueadas estavam configuradas em francês e russo, de acordo com o Facebook. No Instagram, os perfis estavam em inglês.