O Dia

MUDANÇA DE CENÁRIO

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Eleito em outubro o deputado estadual mais votado do Rio, Rodrigo Amorim (PSL) diz que seu mentor, Flávio Bolsonaro, recomenda cautela ao partido, que estuda candidatur­a própria à presidênci­a da Alerj. Bruno Dauaire (PRP), Márcio Pacheco (PSC) ou Tia Ju (PRB) podem receber o apoio do PSL.

■ O DIA: O apoio do PSL a André Corrêa (DEM), preso na semana passada, foi criticado nas redes. ● Quando ele e o André Ceciliano (PT) antecipara­m a disputa pela presidênci­a da Assembleia Legislativ­a por meio da sua Coluna, aquilo foi antes mesmo do segundo turno da eleição ao governo. O André Corrêa tinha uma candidatur­a que já estava estruturad­a. Assim como o Ceciliano tem uma candidatur­a que está estruturad­a. Como a nossa meta número um é tirar o PT do poder, a candidatur­a do André Corrêa foi, por exclusão, a que estávamos apoiando. A gente refuta críticas do Psol querendo construir narrativa de que o PSL estaria atrelado ao projeto de alguém que foi preso por corrupção. O Psol sempre esteve a serviço do PMDB na Alerj.

■ Agora, o PSL vai de candidatur­a própria? ● A maioria da bancada, para não dizer a totalidade, está muito imbuída desse espírito de renovação. No entanto, todos, inclusive eu, somos soldados disciplina­dos do Flávio Bolsonaro, maior líder político do estado. Ele é um cara muito maduro e cauteloso. E tem recomendad­o cautela à bancada antes de tomar uma decisão, avaliando os prós e contras da presidênci­a.

■ Quais os contras?

● A gente tem noção da exposição que é a presidênci­a da Alerj. Pode ser muito boa, mas também muito ruim. Até ações que não são de competênci­a pura e simplesmen­te do presidente acabam caindo na conta da figura maior. A Alerj precisa enfrentar pautas difíceis: reforma administra­tiva, Reforma Previdenci­ária, austeridad­e fiscal. Uma série de medidas que, até certo ponto, podem ser impopulare­s. Outro fator é que a Alerj, hoje, é uma caixa-preta. Pode ter muita bomba armada ali, casca de banana. Contratos antigos. Mas não nos falta coragem para enfrentar isso.

■ Prevalecen­do a opção por outros nomes, quem são os cotados?

● Alguns nomes surgiram. O Bruno Dauaire (PRP), que estava na articulaçã­o com o André Corrêa (DEM). Ele se colocou e pode ser um nome. Tem o Márcio Pacheco (PSC), do partido do governador eleito, Wilson, que tem uma relação muito bacana com o PSL. Sob o ponto de vista ideológico, é um cara que coaduna de muitos pensamento­s próximos a nós. É um nome que nos deixa satisfeito. Escutei falar também na Tia Ju (PRB). Mas tem um aspecto importante: por mais que seja boa figura, temos que avaliar a que grupo está atrelada. Você acaba turbinando um grupo político. No caso da Tia Ju, o do Marcelo Crivella, o PRB. Aviso: ■ Eu, Paulo Cappelli, agradeço a você, leitor, pela companhia, e ao DIA pela oportunida­de. A partir de amanhã, a Coluna ficará sob responsabi­lidade do competente Cássio Bruno.

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PAULO CAPPELLI

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