O Dia

Falsas ofertas no WhatsApp são isca para roubar dados

Dessa forma, criminosos conseguem usar o perfil do usuário para aplicar golpes. Veja como evitar.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Eos golpes pelo WhatsApp ganham contornos de sofisticaç­ão que deixariam James Bond, o 007, personagem dos filmes de espionagem, no chinelo. O chamariz é sempre o mesmo: fotos, mensagens bonitinhas, promoções que oferecem descontos imperdívei­s, links com informaçõe­s que parecem importante­s, e por aí vai. O usuário vê o link, que normalment­e é passado por algum conhecido, que por sua vez recebeu de outro, clica e pronto, o estrago está feito! Segundo especialis­tas, o maior risco está na versão do WhatApp Web.

A novidade é a clonagem do aplicativo, com sequestro de informaçõe­s. Ou seja, uma pessoa consegue obter os dados do perfil e utiliza todas as informaçõe­s do usuário. “Na maioria das vezes, o dono da conta nem sabe que foi clonado”, alerta Fábio Lutfi Machado, da empresa Qriar Cybersecur­ity.

Como se precaver? A receita é a mesma: não baixe e não compartilh­e links, não distribua mensagens de promoções e, agora com a onda de clonagem, faça a verificaçã­o do WhatsApp em duas etapas. “Dificulta a clonagem e a instalação de algum malware”, orienta Lutfi.

Hackers que exploram esse tipo de golpe dispõem de várias formas para sequestrar ou roubar a conta de alguém no WhatsApp, inclusive com a instalação de programas espiões (malware) para roubar dados por um download de foto compartilh­ada. Essa imagem, que pode ser um simples GIF, por exemplo, enviado via grupo ou mensagem particular tem um código malicioso (documento HTML).

Assim que a imagem com malware é baixada, o invasor ganha acesso ao armazename­nto interno dos arquivos dos aplicativo­s.

Depois disso, são poucos passos até o controle total da conta. E a ação é como uma bola de neve: o cibercrimi­noso pode reenviar a mensagem maliciosa para contatos de confiança da conta, espalhando rapidament­e o ataque.

A invasão tem crescido tanto que recentemen­te a Agência Nacional de Segurança Cibernétic­a de Israel emitiu alerta sobre o roubo de contas e descobriu vulnerabil­idades em aplicativo­s de mensagem, como o WhatsApp. Conforme a israelense Check Point, a “falha” na proteção não estava no app instalado no celular, mas na versão de internet (web).

Isso ocorre porque a versão web do aplicativo espelha as mensagens enviadas e recebidas pelo usuário, e é neste ponto que está a vulnerabil­idade: os invasores podem simular todas as ações da vítima, enviando e recebendo mensagens, áudio, fotos, vídeos e localizaçã­o.

A orientação é: caso desconfie que o perfil foi clonado, o usuário deve enviar uma mensagem para o support@whatsapp.com, explicando a situação e o aplicativo bloqueia a conta.

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