General escalado na Defesa
Fernando Azevedo e Silva é o sétimo ministro confirmado para o futuro governo
Opresidente eleito Jair Bolsonaro anunciou via Twitter, na manhã de ontem, o general Fernando Azevedo e Silva como futuro ministro da Defesa. O oficial é conhecido pelo bom trânsito com o Congresso e é, atualmente, assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, cargo que ocupa por indicação do atual comandante do Exército, general Villas Bôas.
No ano passado, o general, então chefe do Estado Maior, segundo cargo do Exército, se queixou que os militares “não têm recebido, das esferas competentes, o merecido reconhecimento, justo e digno, principalmente quanto ao orçamento e à remuneração do nosso pessoal”.
Bolsonaro deve anunciar, ainda hoje, o nome do futuro ocupante do ministério das Relações Exteriores. “Queremos alguém do quadro do Itamaraty”, afirmou ele, ontem. Perguntado se o indicado seria um homem ou uma mulher, respondeu: “Pode ser gay também”.
Bolsonaro também voltou atrás na anunciada extinção do Ministério do Trabalho. “Vai continuar com o status de ministério, não vai ser secretaria”, disse, dizendo que a estrutura será absorvida por outra pasta. “Eu não sei como vai ser, está tudo com Onyx Lorenzoni”, disse.
Agora, são sete os ministros definidos por Bolsonaro: o economista Paulo Guedes, na Economia; o astronauta Marcos Pontes, na Ciência e Tecnologia; a deputada federal Tereza Cristina na Agricultura; o deputado federal Onyx Lorenzoni, na Casa Civil, o general Augusto Heleno no Gabinete de Segurança Institucional e Sérgio Moro na Justiça, além de Azevedo e Silva.
Bolsonaro continua hoje em Brasília. Ele deve se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e com um grupo de governadores. “O que eles querem eu também quero: dinheiro”, disse, incomodado. “Essa reunião não foi tratada comigo e nem com Paulo Guedes. Não sei quem teve a ideia. Acho que foi o governador Doria”.