Votação do ‘Escola sem partido’ adiada
Os partidários do projeto ‘Escola Sem Partido’, mais uma vez, não conseguiram aprovar o relatório do deputado Flavinho (PSC-SP) na Comissão Especial da Câmara dos Deputados que debate o tema. A oposição obstruiu a votação, ontem, com questões de ordem, em meio a bate-bocas entre parlamentares e manifestantes. O projeto proíbe, em sala de aula, o uso dos termos ‘gênero’ e ‘orientação sexual’ e limita que professores expressem suas opiniões, preferências ideológicas, religiosas, morais e políticas.
O relatório estabelece que cada sala de aula deverá ter cartaz especificando seis deveres do professor, como “não cooptar os alunos para nenhuma corrente política, ideológica ou partidária”.
Durante a discussão com os manifestantes, o deputado Éder Mauro (PSD/PA) simulou que portava uma arma e fez como se atirasse na direção dos opositores ao projeto. Já a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) liderou os protestos. Ela questionou a restrição de público ao plenário onde era realizada a sessão. A segurança da Câmara restringiu o número de pessoas no local e foram distribuídas senhas. A sessão se alongou e teve que ser adiada por conta do início de uma sessão conjunta do Congresso.
Se aprovado na comissão, onde os defensores da proposta têm ampla maioria, o projeto poderia, em tese, ir direto para o Senado. No entanto, é esperado que haja recurso, o que levará a decisão para o plenário.