O Dia

O Tribunal de Contas

- Marcelo Queiroz

EAdvogado e professor universitá­rio

m um tempo de tanta e justificad­a preocupaçã­o com o destino do dinheiro público e o seu bom uso, é fundamenta­l ressaltar a importânci­a do trabalho dos tribunais de contas. Indispensá­veis no controle da administra­ção, eles surgiram em 1890, quando Rui Barbosa criou o Tribunal de Contas da União, que só começou a funcionar de fato três anos depois.

Essa corte existe para ajudar o Poder Legislativ­o no controle externo da administra­ção pública. Apesar desse papel auxiliar, os tribunais de contas gozam de autonomia institucio­nal. Para tanto, é necessário que seus quadros tenham, além de notórios conhecimen­tos, uma reputação ilibada, como prevê a Constituiç­ão Federal. No entanto, o que se vê são nomeações que não prestigiam o caráter técnico dos indicados, permitindo a prevalênci­a dos favoritism­os políticos.

Com o passar dos anos, os tribunais de contas, de uma maneira geral, ampliaram os mecanismos de fiscalizaç­ão do uso do dinheiro público, passando a considerar não apenas os aspectos legais. Foi criado o que alguns estudos chamam de controle operaciona­l, dividido em três áreas. Uma delas é a economicid­ade, que preza pelo uso do menor montante possível de recursos para a realização

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