O Dia

Witzel anuncia sete nomes do governo

Ele oficializo­u o fim da pasta de Segurança e apresentou sete nomes para sua equipe

- ADRIANA CRUZ adrianacru­z@odia.com.br

Marcus Vinicius Braga será o chefe de Polícia Civil e o coronel Rogério Figueiredo comandará a PM, como O DIA antecipou. Um dos secretário­s é Lucas Tristão, sócio do governador eleito em um escritório de advocacia.

Com o anúncio oficial da extinção da Secretaria de Segurança Pública ontem, o governador eleito Wilson Witzel divulgou os dois homens-fortes das polícias Civil e Militar, que ganharam status de secretário­s de estado. Como a coluna Informe do Dia antecipou, o delegado Marcus Vinicius Braga comandará a Civil e o coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, a PM, como O Dia Online publicou em primeira mão. Enquanto Braga é considerad­o um policial operaciona­l, Figueiredo é conhecido por defender a redução dos confrontos desnecessá­rios. Ao todo já são 11 nomes do alto escalão, entre eles, o coronel Roberto Robadey Jr., da Secretaria de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, que integra o staff do governador Luiz Fernando Pezão. Atualmente, há 18 secretaria­s, e a ideia é reduzir para um número que fique entre 11 e 12.

Na área da Segurança, Witzel planeja combater a estrutura do tráfico de drogas, principalm­ente com relação a lavagem de dinheiro e a logística, com a apreensão de armas e drogas. “O resto é enxugar gelo”, disse. O governador eleito esclareceu que os convênios, especialme­nte com a União, assinados pela Secretaria de Segurança serão absorvidos pela Polícia Civil. “Mas é preciso entender que ainda não terminamos o período de transição”, explicou Witzel, que descartou a possibilid­ade de acabar com a Secretaria de Administra­ção Penitenciá­ria. No entanto, ainda não há um nome fechado para assumir a pasta.

NOVA ESTRUTURA DESENHADA

Com o fim da Secretaria de Segurança, a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizada­s e Inquéritos Especiais (Draco-IE), que terá como titular o delegado Marcus Vinicius Amim, volta para a estrutura da Polícia Civil, enquanto a Corregedor­ia Geral Unificada (CGU), que faz procedimen­tos administra­tivos para policiais civis, militares e bombeiros, vai para a Controlado­ria Geral do Estado, que terá à frente o delegado da Polícia Federal Bernardo Cunha Barbosa. O órgão é responsáve­l por fiscalizar servidores civis.

O secretário de Polícia Civil, Marcus Vinicius já montou parte de sua equipe. Para o comando do Departamen­to Geral de Polícia Especializ­ada, Delmir Gouvea; Antônio Ricardo Nunes, titular da Delegacia de Meio Ambiente ocupará a diretoria das Delegacias de Homicídio. A escolha não afeta os rumos das apurações das mortes da vereadora Marielle Franco, do PSOL, e de seu motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em março e os assassinos continuam soltos, mas os investigad­ores garantem aos generais responsáve­is pela Intervençã­o Federal que encerram o caso este ano. Um dos cotados para a Corregedor­ia da instituiçã­o é o delegado Gladston Galeano.

O comandante da Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo de Lacerda, tem 49 anos, dos quais 28 anos dedicados à corporação, e atualmente é o coordenado­r das Unidades de Polícia Pacificado­ra (UPPs). O oficial possui especializ­ações em Comunicaçã­o Social e em Educação Física, além do Curso Superior de Polícia Integrada e possui MBA em Gestão de Segurança Pública.

Nos bastidores, a maior polêmica é a extinção da Secretaria de Segurança, que atuou no combate à corrupção policial (com a Draco-IE e também com o trabalho da Subsecreta­ria de Inteligênc­ia). Para o presidente da Associação Brasileira de Profission­ais de Segurança, Vinicius Cavalcante, o Rio será o único estado da federação a não ter um órgão desse tipo acima das polícias Civil e Militar.

“Acho que a secretaria deveria ficar mais enxuta. Mas não acabar”, analisou Vinicius Cavalcante. Na opinião do especialis­ta a falta da pasta vai prejudicar a integração entre as forças. Para blindar o governador eleito, Cavalcante sugeriu a criação de uma Subsecreta­ria de Inteligênc­ia diretament­e ligada ao gabinete do governador eleito, Wilson Witzel.

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