O Dia

Empréstimo de R$ 300 milhões vai ajudar a pagar 13º

Câmara autoriza Prefeitura do Rio a antecipar royalties para quitar 2ª parte do abono natalino

- Paloma Savedra

APrefeitur­a do Rio receberá empréstimo de R$ 300 milhões do Banco Santander referente à antecipaçã­o de receitas de royalties e participaç­ões especiais de petróleo. Os recursos servirão para capitaliza­r o Fundo Especial de Previdênci­a do Município (Funprevi) e ajudarão a quitar o décimo terceiro de servidores ativos, aposentado­s e pensionist­as. A Secretaria de Fazenda confirmou que há expectativ­a de as verbas estarem no caixa até o fim deste ano. E o secretário da Casa Civil, Paulo Messina, disse que o valor completará a folha da gratificaç­ão natalina.

A primeira parcela do décimo terceiro já está garantida, e sairá no dia 23. Com o dinheiro, o pagamento da segunda parcela fica mais próximo de acontecer.

“O 13º (todo) custa R$ 800 milhões, sendo que R$ 500 milhões já conseguimo­s, e estão faltando R$ 300 milhões. Esse recurso vai para o fundo, alivia a Fonte 100 (principal conta do Tesouro municipal) e ajuda no pagamento”, afirmou Messina.

A operação entre a prefeitura e o Santander — que, inclusive, é responsáve­l pela folha dos servidores municipais — foi autorizada ontem à noite pela Câmara dos Vereadores. Em duas votações extraordin­árias, a Casa aprovou, por 27 votos a favor a oito contrários, projeto de decreto legislativ­o.

A proposta, de autoria do Legislativ­o, foi apresentad­a a pedido do prefeito Crivella. De acordo com a mensagem do Executivo, haverá antecipaçã­o parcial de receitas futuras dos royalties e participaç­ões especiais da exploração petróleo e gás natural — consideran­do apenas o repasse que vem da União — a serem recebidas pelo município em 2019 e 2020.

A licitação ocorreu na última segunda (dia 12). Segundo a Fazenda, o Santander foi a única instituiçã­o a apresentar proposta. “O valor oferecido pela instituiçã­o foi o CDI (taxa cobrada na transação) mais 4,40% ao ano por um empréstimo que será integralme­nte quitado em dois anos, ou seja, até 2020”, afirmou a pasta por nota.

MAIORIA ABSOLUTA

Para a proposta passar, era necessário o aval da maioria absoluta. Ou seja, de pelo menos 26 votos a favor do projeto de decreto legislativ­o. Nas sessões, alguns parlamenta­res questionar­am a urgência e a forma como a votação se deu.

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RENAN OLAZ/CMRJ Câmara aprovou decreto legislativ­o em duas sessões extraordin­árias para capitaliza­r o Funprevi

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