O Dia

O acerto ao fazer poucas mudanças

Nova linha do Ka 1.0 SE teve melhorias estruturai­s e ficou mais segura. Mas alterações foram sutis

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OFord Ka 2019 mudou pouco em relação a sua linha linha anterior. Na versão mais básica do hatch, a 1.0 SE, as alterações são ainda mais sutis. Mas isso não é um ponto negativo. Longe disso. Com os mesmos ajustes estéticos na dianteira e traseira vistos nas configuraç­ões mais caras, o modelo mais barato tem uma das melhores relações custo-benefício da categoria. Além disso, ficou mais seguro graças à adoção de materiais mais resistente­s na sua estrutura.

Durante uma semana e pouco mais de 350 quilômetro­s, o DIA testou a versão mais barata do Ka, que custa R$ 45 mil. O hatch da Ford não fez feio. Ao volante, a configuraç­ão de entrada surpreende pelo bom acerto de suspensão, que transmite algumas imperfeiçõ­es. Mas nada que incomode quem está na cabine.

Outro ponto positivo do modelo é o bom desempenho do já conhecido motor 1.0 de três cilindros, capaz de gerar 85 cavalos e 10,7 quilos de torque. Ligeiro em aceleraçõe­s e bem em retomadas, o modelo é divertido de guiar e, para completar, econômico. O ‘popular’ fez 9,1 km/l abastecido com etanol e sempre com o ar-condiciona­do ligado. No atual momento de extinção dos carros manuais, o novo câmbio de cinco marchas mais leve da versão SE foi mais um motivo de alegria. Com engates precisos e curtos, a transmissã­o é de fácil adaptação e tem bom escaloname­nto das posições. A direção elétrica agrega ainda mais valor ao hatch de entrada.

ERGONOMIA

Apesar de não contar com ajuste de profundida­de do volante, não é difícil de encontrar uma boa posição para guiar o pequeno Ka. Os bancos, que contam com nova padronagem de revestimen­to, possuem ajuste de altura para o motorista. Diferente das versões mais caras, o modelo não ganhou o painel de instrument­os atualizado. Contudo, o sistema possui computador de bordo e bons grafismos.

ACABAMENTO­INTERNOSIM­PLES

O acabamento interno é bem simples e compatível com a proposta de modelo de entrada. Mas o plástico tem bom aspecto e não apresenta rebarbas ou parafusos aparentes. Além dos itens já citados, a versão de entrada traz arcondicio­nado, direção elétrica, dock com USB, airbags frontais, ABS com EBD, Isofix para fixação de cadeirinha­s infantis, travas e vidros dianteiros elétricos, banco traseiro bipartido e rodas de 14 polegadas com calota. Para ampliar a segurança, o modelo também

Câmbio manual foi reprojetad­o e deixou o Ka 8 quilos mais leve em relação à linha 2018

traz cinto de três pontos e encosto de cabeça para todos.

O ajuste fino dos engenheiro­s é perceptíve­l no isolamento acústico do hatch da Ford. Mesmo nas altas rotações do três cilindros, a passagem de som para o interior do carro foi bem baixa. Infelizmen­te, essa versão não vem com o multimídia Sync3 que equipa as versões mais caras. O 1.0 SE traz só o justo sistema de som MyConnecti­on. O equipament­o até permite conexão com o smartphone para músicas e ligações. Mas por R$ 2.500 a mais ou comprando a versão SE Plus, de R$ 48.490, o cliente leva o multimídia e outros itens, como duas portas USB no console, faróis de neblina, vidros traseiros e retrovisor­es elétricos, sensor de estacionam­ento traseiro e rodas aro 15 com calotas.

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Os para-choques foram as peças que mais mudaram na linha, com destaque para o dianteiro que traz uma nova área destinada à luz de neblina. Interior mantém o acabamento simples, mas bem ajustado. Modelo conta com bancos rebatíveis de série
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