História a ser contada
Dúvidas, medos, superação, empatia. Palavras como essas inspiram mães a compartilhar suas rotinas com outras mulheres, com o objetivo de desabafar, ajudar e criar uma rede de apoio mútua, através de publicações em blogs, redes sociais ou mesmo nas páginas de livros que funcionam como um bálsamo no começo da rotina com bebês.
Elisama Santos, autora de ‘Tudo Eu! Confissões de Uma Mãe Sincera’, que aborda os altos e baixos da maternidade, e ‘{Re}Olhar’, sobre aprender a acolher a si e aos filhos, conta que começou a escrever seu primeiro livro pelo celular. “Existia um lado B na maternidade, muito mais complexo que o tão falado ‘estado de graça’. Com duas crianças pequenas em casa, oscilava entre dar pulos de alegria e chorar em posição fetal”.
Já a psicopedagoga Elaine Violini, escreveu o livro ‘Quando Não é Você Quem Escolhe’, após um papo com seu obstetra sobre sua experiência pessoal: o parto normal do segundo filho, Luigi, que durou 39 horas e meia, após uma cesárea na primeira gestação. “Não é um livro que levante a bandeira do certo ou errado. Proponho uma reflexão para a mulher grávida, sobre sua maneira de parir, nesse momento tão sublime para a mulher e o novo ser que vem ao mundo”, pontua.
Em ‘Mãe Fora da Caixa’, Thais Vilarinho fala sobre a maternidade como ela é, sem regras e filtros, abordando vivências desde an- tes de ser mãe até os filhos já entrando na adolescência. Estimulada pelas leitoras de seu Instagram, a publicação apresenta sua conexão com outras mães em textos de sua autoria e de algumas delas. “Eu não tenho todas as experiências de ser mãe. Sinto que esse conteúdo de outras pessoas ajudou a completar o livro”, comenta.
Mãe de duas meninas, a jornalista Ananda Urias fala em seu livro, ‘Muito Além da Maternidade’, sobre sua vida como mãe solo. “Existia uma lacuna de falar desse assunto de forma mais realista e menos romantizada. Nossa sociedade é machista e culpa a mulher pelo relacionamento não ter dado certo e por ela ficar sozinha com o filho”, comenta. E complementa: “A escrita me trouxe a possibilidade de partilhar o que eu sentia. E é muito bacana quando as pessoas se sensibilizam com o que você diz, se inspiram ou, de alguma forma, você as faz perceber que alguém as entende, que não estão sozinhas”.