O Dia

Raça supera apatia e Fla segue na luta pelo título

Mesmo atuando mal e com dez, time vence o Sport e reduz distância para o Palmeiras

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Se não deu para resolver na técnica, foi na base da raça. Apesar da atuação apática, sonolenta e irreconhec­ível até os 36 minutos do segundo tempo, o Flamengo contou com o oportunism­o de Willian Arão para vencer o Sport, por 1 a 0, ontem, na Ilha do Retiro, e se manter na luta pelo título do Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro voltou à vice-liderança e diminuiu para cinco pontos a diferença para o líder Palmeiras (71 a 66). O sonho do hepta continua vivo.

A primeira pisada de bola do Flamengo, em Recife, foi de Dorival Junior. Pouco antes do jogo, ele barrou Éverton Ribeiro para a entrada do inoperante Geuvânio, e o time perdeu força ofensiva. Como se não bastasse ter improvisad­o o zagueiro Léo Duarte na lateral direita, em uma formação que já não tinha os suspensos Pará, Rodinei e Diego, o Flamengo até ensaiou uma pressão no início, mas de forma hesitante.

Com o tempo, o Sport passou a dominar as ações, mas, fraco tecnicamen­te, pouco ameaçou a meta de César — na melhor chance de gol, aos 12 minutos, Michel Bastos cobrou falta com perigo. A queda de rendimento do Flamengo se deu muito em função de Léo Duarte afunilar a marcação ao lado de Rhodolfo e Réver, obrigando Geuvânio ou Arão a ocuparem o espaço aberto deixado pelo camisa 43 na lateral do campo.

Aos 20, o Flamengo foi à frente, mas em chute fraco de Vitinho após passe de Renê, que criava boas jogadas ofensivas. O problema é que Paquetá, Arão e Geuvânio estavam em tarde sonolenta, assim como o isolado Henrique Dourado. Aos 35, nem o anúncio de que o líder Palmeiras perdia por 1 a 0 para o lanterna Paraná surtiu efeito sobre um Flamengo apático no contra-ataque. Aos 33, Berrío acertou cabeçada na trave, após cruzamento de Éverton Ribeiro. Aos 36, Willian Arão decretou a suada vitória, de cabeça, após escanteio batido por Vitinho. O gol atenuou a pavorosa atuação do Flamengo — que ainda perdera Lucas Paquetá, infantilme­nte expulso — e manteve vivo o sonho do heptacampe­onato.

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