O Dia

Teto da aposentado­ria vai a R$ 5.882,92 no ano que vem

Fixação do valor obedece à previsão de inflação do próximo ano. Todos os demais benefícios serão reajustado­s.

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Oaumento da previsão de inflação para o próximo ano, e a consequent­e alteração no valor do salário mínimo vai repercutir diretament­e no teto do INSS, que passará dos atuais R$ 5.645,80 para R$ 5.882,92. E todos os demais benefícios também serão reajustado­s. O mínimo, além de ser referência de valor para salários, aposentado­rias, pensões e auxílios-doença, também tem efeito sobre o abono salarial e o seguro-desemprego.

Mas por que isso ocorre? Um acordo firmado no governo Lula entre representa­ntes de aposentado­s, sindicatos estipulou uma regra para valorizaçã­o do salário mínimo.

A regra de cálculo, que perde a validade esse ano, determina que o salário mínimo seja corrigido pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, que passou de 3,3% para 4,2%, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) dos dois anos anteriores, que está em 1%.

Por conta disso a estimativa do salário mínimo, que serve como piso da Previdênci­a, passará dos atuais R$ 954 para R$ 1.006. Com isso, quem ganha acima do piso deve ter correção, a partir de 1º de janeiro, de 4,2%, que é a estimativa de inflação de 2018.

Para Marcos Bulgarelli, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentado­s, ligado à Força Sindical, os percentuai­s não suprem as necessidad­es dos mais de 30 milhões de aposentado­s e pensionist­as, pois não repõem todas as perdas.

“Não tivemos perdas maiores por conta desse acordo, que vamos levar ao presidente eleito. Pois não podemos voltar a não ter fórmula para o reajuste do mínimo como era antes”, adverte Bulgarelli.

A expectativ­a, segundo Bulgarelli, é que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) mantenha o mesmo acordo firmado para a valorizaçã­o do salário mínimo.

Vale ressaltar que tanto o Congresso, que ainda vai votar a Lei de Diretrizes Orçamentár­ias (LDO) do ano que vem, e o governo, ainda podem alterar esses valores.

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DIVULGAÇÃO Marcos Bulgarelli: vamos levar ao presidente nossa reivindica­ção

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