O Dia

PRESO POR PARENTES DA VÍTIMA

Vanclécio foi detido pelo primo da vítima. Ele confessou o crime, que teria sido motivado por ciúmes

- RAFAEL NASCIMENTO rafael.nascimento@odia.com.br

Trinta e seis horas depois de ter matado a ex-mulher, a nutricioni­sta Fernanda de Souza Siqueira, de 29 anos, Vanclécio Cordeiro Pereira, 28, foi detido por um primo da vítima no bairro de Colégio, a 10 quilômetro­s de onde o crime aconteceu. Acusado admitiu o assassinat­o.

Trinta e seis horas após ter matado a facadas sua ex-mulher, a nutricioni­sta Fernanda de Souza Siqueira, de 29 anos, Vanclécio Cordeiro Pereira, 28, foi preso ontem, em Colégio, na Zona Norte, a 10 quilômetro­s de Vicente de Carvalho onde o crime aconteceu. Ele estava foragido e foi encontrado por um primo da vítima, que estava a caminho do enterro.

O ex-marido da nutricioni­sta tentou fugir correndo pelas ruas e ainda se escondeu embaixo de um carro quando viu o primo de Fernanda, o 1º sargento do Exército, Orlando Nunes, 42. O parente deu voz de prisão a Vanclécio. Na Delegacia de Homicídios, ele confessou ter usado uma faca de açougueiro de 20 centímetro­s para esfaquear a vítima. Ele negou que o objetivo fosse matar a ex-companheir­a e disse que não imaginava que ela tinha morrido.

“Foi por um motivo torpe, justifican­do que a morte foi por ciúmes, sem dar à vítima qualquer motivo de defesa”, disse o delegado Luis Otávio Franco, da DH. Vanclécio foi indiciado por feminicídi­o e após prestar depoimento ontem, foi encaminhad­o para a Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica.

“Estávamos indo para o sepultamen­to e quando passamos pela Rua Guirareia o avistamos. Eu, meu filho e meu irmão saímos correndo atrás dele. Gritamos para as pessoas que vinham passando: ‘pega, pega’. Ele tentou despistar entrando em uma rua saída, sumiu, mas fui perguntand­o para as pessoas se alguém tinha visto e acabei o encontrand­o embaixo de um carro. Ele não reagiu”, lembrou Orlando.

Em depoimento, o ex-marido contou que passou pela casa de parentes e logo em seguida dormiu em um viaduto de Colégio após o crime. No momento em que foi preso, Vanclécio contou que estava a caminho de um ponto de ônibus, mas não informou para onde iria.

“A única coisa que ele perguntou foi como ela (Fernanda) estava e que não queria ter feito isso. É um alívio, um alento para a família saber que ele já está preso, que agora ele vai responder e que a justiça já está sendo feita. Entretanto, a Fernanda não vai estar mais aqui”, completou o primo da vítima.

FAMÍLIA ABALADA

Mais de 300 pessoas estiveram ontem no Cemitério Jardim Sulacap para o último adeus à nutricioni­sta. Jane de Souza, 59, que estava com a sobrinha quando ela foi assassinad­a, desabafou: “Estamos todos muito abatidos. Fernanda era meiga, carinhosa e sempre ajudou a todos. Uma parte de mim foi embora. Ela era como uma filha para mim”, lamentou.

Os pais de Fernanda, a dona de casa Janete de Souza Siqueira, e Walter Siqueira, precisaram ser amparados pelos outros filhos durante o enterro.

Na DH, Vanclécio confessou ter usado faca de açougueiro em Fernanda e disse estar arrependid­o

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AGÊNCIA O DIA
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LUCIANO BELFORD/AGÊNCIA O DIA
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AGÊNCIA O DIA Walter (no centro à esq.), pai de Fernanda, estava inconsoláv­el. Vanclécio (ao lado) tentou se esconder embaixo de um carro para não ser preso

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