Quadrilha internacional rouba 84 celulares em festa
Bando internacional levou celulares de mais de 100 pessoas e 13 foram presos
Treze integrantes de uma gangue especializada nesse tipo de furto foram presos durante festa no Maracanãzinho na noite de segunda-feira. São colombianos, venezuelanos e bolivianos, com dezenas de aparelhos telefônicos roubados dos frequentadores do evento. Mais de cem pessoas amanheceram na delegacia (foto) para recuperar seus pertences.
Participantes de uma festa que lotaram o Maracanãzinho na noite de segunda-feira para curtir axé e pagode foram vítimas de uma onda de furtos e saíram do estádio para a delegacia. Mais de 100 pessoas tiveram celulares, documentos e cartões levados por uma quadrilha internacional especializada em furtos em grandes eventos. Pelo menos 13 suspeitos foram presos, entre eles nove colombianos, venezuelanos, bolivianos e brasileiros.
Até a tarde de ontem, 84 celulares tinham sido recuperados e levados para a 18ª DP (Praça da Bandeira). Desses, cerca de 40 estavam com os suspeitos e o resto foi jogado pelo bando em lixeiras e por cantos do estádio para se livrarem das provas. Até às 13h20, 45 aparelhos tinham sido devolvidos. Os suspeitos foram presos depois que muitas vítimas relataram os furtos aos seguranças do evento, chamado ‘Fica Comigo’. A equipe fez revistas na saída e solicitou aos frequentadores que desbloqueassem os celulares para conferir se eram os proprietários. Segundo um representante do Maracanãzinho, aqueles que não conseguiam desbloquear os aparelhos foram detidos.
A assistente administrativa Adriana Andrade, de 40 anos, foi à 18ª DP de madrugada e não encontrou seu aparelho. Só de manhã, ao ir pela segunda vez, ela recuperou o iPhone 8 Plus. “O local não estava preparado para o show. Estava superlotado e acredito que foi nesse tumulto que aproveitaram para roubar a gente”, afirmou.
Os criminosos precisaram comprar ingresso, que custava em média R$ 150. Os frequentadores reclamaram que os seguranças teriam tentado evitar chamar a PM para não fazer alarde. As vítimas relataram que os bandidos são profissionais e não era possível perceber o furto.
“No deslocamento entre o palco até os fundos, vi que a minha bolsa estava aberta. Não deu para notar quem haviam roubado o celular. Reclamamos com os organizadores, mas só após horas, e com a chegada da PM, eles começaram a revistar as pessoas”, criticou a professora Bruna Valéria Leite, 29, que não recuperou seu celular.
“Eles compravam ingressos nas áreas VIPs de grandes eventos para praticar os crimes. Esse bando faz parte de uma quadrilha especializada em furtos”, ressaltou o major Diego Ribeiro, do 6º BPM (Tijuca). O Maracanãzinho informou que a segurança é responsabilidade dos organizadores. O advogado Vicente Donnici, da Party Industry, que promove o evento, disse que a PM foi acionada assim que começaram a chegar muitos relatos e que os suspeitos foram identificados e detidos pelos seguranças.
Criminosos compravam ingressos em áreas VIPs de grandes eventos para atacar