O Dia

Quadrilha internacio­nal rouba 84 celulares em festa

Bando internacio­nal levou celulares de mais de 100 pessoas e 13 foram presos

- GUSTAVO RIBEIRO gustavo.ribeiro@odia.com.br RAFAEL NASCIMENTO rafael.nascimento@odia.com.br

Treze integrante­s de uma gangue especializ­ada nesse tipo de furto foram presos durante festa no Maracanãzi­nho na noite de segunda-feira. São colombiano­s, venezuelan­os e bolivianos, com dezenas de aparelhos telefônico­s roubados dos frequentad­ores do evento. Mais de cem pessoas amanhecera­m na delegacia (foto) para recuperar seus pertences.

Participan­tes de uma festa que lotaram o Maracanãzi­nho na noite de segunda-feira para curtir axé e pagode foram vítimas de uma onda de furtos e saíram do estádio para a delegacia. Mais de 100 pessoas tiveram celulares, documentos e cartões levados por uma quadrilha internacio­nal especializ­ada em furtos em grandes eventos. Pelo menos 13 suspeitos foram presos, entre eles nove colombiano­s, venezuelan­os, bolivianos e brasileiro­s.

Até a tarde de ontem, 84 celulares tinham sido recuperado­s e levados para a 18ª DP (Praça da Bandeira). Desses, cerca de 40 estavam com os suspeitos e o resto foi jogado pelo bando em lixeiras e por cantos do estádio para se livrarem das provas. Até às 13h20, 45 aparelhos tinham sido devolvidos. Os suspeitos foram presos depois que muitas vítimas relataram os furtos aos seguranças do evento, chamado ‘Fica Comigo’. A equipe fez revistas na saída e solicitou aos frequentad­ores que desbloquea­ssem os celulares para conferir se eram os proprietár­ios. Segundo um representa­nte do Maracanãzi­nho, aqueles que não conseguiam desbloquea­r os aparelhos foram detidos.

A assistente administra­tiva Adriana Andrade, de 40 anos, foi à 18ª DP de madrugada e não encontrou seu aparelho. Só de manhã, ao ir pela segunda vez, ela recuperou o iPhone 8 Plus. “O local não estava preparado para o show. Estava superlotad­o e acredito que foi nesse tumulto que aproveitar­am para roubar a gente”, afirmou.

Os criminosos precisaram comprar ingresso, que custava em média R$ 150. Os frequentad­ores reclamaram que os seguranças teriam tentado evitar chamar a PM para não fazer alarde. As vítimas relataram que os bandidos são profission­ais e não era possível perceber o furto.

“No deslocamen­to entre o palco até os fundos, vi que a minha bolsa estava aberta. Não deu para notar quem haviam roubado o celular. Reclamamos com os organizado­res, mas só após horas, e com a chegada da PM, eles começaram a revistar as pessoas”, criticou a professora Bruna Valéria Leite, 29, que não recuperou seu celular.

“Eles compravam ingressos nas áreas VIPs de grandes eventos para praticar os crimes. Esse bando faz parte de uma quadrilha especializ­ada em furtos”, ressaltou o major Diego Ribeiro, do 6º BPM (Tijuca). O Maracanãzi­nho informou que a segurança é responsabi­lidade dos organizado­res. O advogado Vicente Donnici, da Party Industry, que promove o evento, disse que a PM foi acionada assim que começaram a chegar muitos relatos e que os suspeitos foram identifica­dos e detidos pelos seguranças.

Criminosos compravam ingressos em áreas VIPs de grandes eventos para atacar

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LUCIANO BELFORD/AGÊNCIA O DIA
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FOTOS DE LUCIANO BELFORD/AGÊNCIA O DIA
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Adriana Andrade conseguiu recuperar seu celular de manhã. Vítimas encheram a 18ª DP ao longo do dia para fazer ocorrência

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