O Dia

Cactus é turbo, descolado e tecnológic­o

- LUCAS CARDOSO lucas.cardoso@odia.com.br

Faz tempo que a Citröen não rende bons resultados no mercado nacional. De dez anos para cá, época em que ainda tinha C3, C4 Pallas e Picasso entre seus carros-chefe, a marca francesa não tem tido sucesso ao tentar retomar os bons resultados de vendas. Mas a trajetória deve mudar com o recém-lançado C4 Cactus. Produzido em Porto Real, no interior do Estado do Rio, o novo SUV chegou ao mercado em outubro, disponível em cinco versões, com preços de R$ 69 mil a 98 mil.

Para atender a duas faixas de preço do segmento de utilitário­s esportivos, o modelo conta com três opções de motorizaçã­o: 1.6 aspirado de 118 cavalos, 1.6 aspirado de 122 cavalos e 1.6 THP turbo de 173 cavalos. O motor mais potente equipa a versão mais cara do modelo, chamada de Shine Pack. E foi avaliada pelo DIA durante uma semana e pouco mais de 500 quilômetro­s.

FORÇA NO RODAR

E de potência, os proprietár­ios do C4 Cactus não vão poder reclamar. O motor de quatro cilindros em linha 1.6 turbo empurra bem o Citröen. Saídas, retomadas e ultrapassa­gens foram feitas sem esforço. Os 7,4 segundos obtidos do zero aos 100 km/h pelo modelo em nosso teste é apenas décimos abaixo do registrado por modelos hatch com apelo esportivo.

O trabalho do motor é facilitado pelo câmbio automático de seis marchas, com opção de trocas manuais deslizando a manopla para a esquerda e função Sport, que deixa o carro mais esperto nas trocas de marcha. Pelo preço, o modelo só ficou devendo as aletas atrás do volante. CONSUMO E TECNOLOGIA Outra ausência sentida é a do Start-Stop. Apesar de ter registrado médias de 10,7 km/l abastecido com gasolina, o Cactus poderia chegar mais longe se contasse com o sistema de gerenciame­nto de partida. O modelo até conta com uma função chamada de ECO. Mas ela não surtiu efeito no trajeto realizado pela reportagem.

Se falta de um lado, sobra de outro. O Cactus na versão topo avaliada é recheado de tecnologia­s embarcadas. Entre elas, sistemas de segurança como assistente de permanênci­a em faixa, alerta de fadiga e de colisão frontal e frenagem de emergência. Há também um seletor de terrenos (Grip Control), que permite a alteração de parâmetros de suspensão e até o desligamen­to do controle eletrônico de tração.

Apesar de só ter tração dianteira, o Cactus se mostrou versátil em terrenos acidentado­s. Parte dessa desenvoltu­ra pode ser creditada a sua altura em relação ao solo de 22,5 cm, além dos ângulos de ataque e de saída. Interior combina materiais de acabamento e conta com multimídia de sete polegadas, além de painel digital. Posição de limitador de velocidade dificulta o uso. Portamalas acomoda 320 litros de bagagem

 ?? FOTOS LUCAS CARDOSO ??
FOTOS LUCAS CARDOSO
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil