ÉTICA NAS AÇÕES
■ O Brasil de hoje não é o Brasil de ontem. Até onde isso é uma verdade para a maioria da população brasileira? O país precisa evoluir a passos largos na assunção dos princípios básicos que regem os preceitos dos “Códigos de Ética e Compliance”.
Nesse contexto, o combate à corrupção em todos os níveis é a maior proteção para a sociedade. A luta pela adoção dos princípios anticorrupção tem que se tornar uma obsessão; tem que ser uma missão que cada entidade que represente seu segmento de atuação assuma, transmitindo essas práticas a cada membro da sociedade.
A Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj) tem sido uma das pioneiras, no setor que representa, e não vai abrir mão dos princípios explícitos em seu estatuto. O objetivo da associação é incentivar a integridade empresarial por meio da adoção de medidas de prevenção e repressão de condutas antiéticas e ilegais.
Alguns governos têm assumido essa linha de conduta e, por lei, exigem que as empresas que com ele queiram negociar possuam códigos de integridade e assumam compromissos de seguirem e respeitarem esses preceitos, sob o risco de sofrerem pesadas consequências.
O governo do Estado do Rio de Janeiro aprovou em 2017 uma lei que exige a implementação de um programa de compliance nas empresas que contratarem com a Administração Pública. Nesse mesmo contexto, em 2018 foi criada a Controladoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (CGE-RJ), um marco com impacto em toda a sociedade fluminense.
Chegamos a um ponto da história que o velho “jeitinho” deixou de ser visto como vantagem. Apesar de ser um caminho sem volta, não é simples mudar a cultura de uma nação.
O maior desafio é fazer sempre o certo, mesmo que ninguém esteja olhando. Em geral, existem percepções diferentes sobre o que é fazer o certo, obedecer e cumprir as normas estabelecidas que se relacionem com ética e integridade.
Todos esses procedimentos criam o arcabouço para que haja conscientização das pessoas, independendo se o setor no qual atuam é público ou privado. Somente com a adoção desses preceitos, capazes de diminuir a exposição a riscos e auxiliar na promoção de uma cultura ética, o país pode almejar novos patamares de desenvolvimento, reduzir o desemprego e aumentar o bem-estar da população. Luiz Fernando Santos Reis é presidente da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj)