Nome definido na Educação
Ministro escolhido por Bolsonaro é o professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez
Opresidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou na noite de ontem, via Twitter o professor colombiano Ricardo Vélez Rodríguez como o futuro ministro da Educação.
A opção de Bolsonaro veio após forte pressão da bancada evangélica contra o nome de Mozart Neves, diretor do Instituto Ayrton Senna, indicado por Viviane Senna. Ela era o nome que, de fato, Bolsonaro queria ver no comando do ministério.
Parlamentares foram três vezes ao gabinete de transição para conversar com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), sobre a indicação de Mozart, classificado como “de viés ideológico da esquerda”.
Vélez Rodríguez, que é filósofo, tem ligação com a caserna e é professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. O colombiano mantém um blog, ‘Pensador de La Macha’, em referência a Dom Quixote, no qual contou ter aceitado o cargo.
No seu texto, ele diz que será o ministro da Educação para “tornar realidade, no terreno do MEC, a proposta de governo externada pelo candidato Jair Bolsonaro, de ‘Mais Brasil e Menos Brasília’”. Escreveu ainda que Bolsonaro venceu porque representou a insatisfação dos eleitores contra governos petistas.
Ao longo da quinta-feira, o nome mais cotado para ocupar o cargo era o do
procurador Guilherme Schelb, que se reuniu com Bolsonaro na Granja do Torto. Ele é defensor do ‘Escola sem Partido’. Antes, o presidente eleito havia ressaltado a aversão à abordagem de questões de gênero na escola.
“Quem ensina sexo para criança é papai e mamãe”, afirmou o presidente eleito. “Escola é lugar de se aprender Física, Matemática, Química e fazer com que no futuro tenhamos um bom empregado, um bom patrão e um bom liberal. Esse é o objetivo da educação.”
No entanto, detalhes da carreira de Schelb, como uma pena de censura aplicada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por ter pedido patrocínios de empresas privadas para uma empresa de Educação de sua propriedade, acabaram enfraquecendo o seu nome, que era o preferido da bancada evangélica.