Nova cirurgia apenas no ano que vem
Retirada da bolsa de colostomia fica para depois da posse por conta de inflamação
Por conta de uma inflamação, a cirurgia para retirada da bolsa de colostomia usada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro foi adiada. Antes prevista para 12 de dezembro, a intervenção só deve ser realizada no próximo ano, quando o deputado já estará no exercício da Presidência. A decisão foi da equipe médica do Hospital Albert Einstein.
Bolsonaro realizou exames no hospital ontem. Segundo os médicos, ele “encontra-se bem clinicamente e mantém ótima evolução, porém os exames ainda mostram inflamação do peritônio e processo de aderência entre as alças intestinais”. Devido a esse quadro, a equipe decidiu “postergar a realização da reconstrução do trânsito intestinal.”
O peritônio é uma membrana que envolve os órgãos digestivos. Bolsonaro carrega a bolsa desde setembro, quando foi esfaqueado num ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Este será o terceiro procedimento cirúrgico ao qual ele se submete. Bolsonaro viajou ontem de Brasília para São Paulo e depois foi para casa, no Rio.
CARLOS
Numa semana difícil, Bolsonaro teve que se distanciar, pelo menos por enquanto, de um de seus auxiliares mais próximos: o próprio filho, Carlos Bolsonaro. Responsável pela estratégia do pai nas redes sociais, o vereador pelo Rio anunciou na quinta-feira que deixaria a equipe de transição. A decisão ocorreu após uma desavença com o futuro titular da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, segundo informou o ‘Estado de S. Paulo’.
A nomeação de Carlos para a Secretaria de Comunicação foi aventada na véspera pelo próprio presidente eleito, mas acabou descartada, sob o argumento de que seria vista como “nepotismo”. “Caráter não se negocia. Quando há compulsão por aparecer a qualquer custo, sempre tem algo por trás”, escreveu Carlos sobre o embate interno.