O Dia

Hum... que delícia de sabor e de cheirinho!

Rubro-negros estão na torcida para que o Vasco coma o Porco

- LUCIANO PAIVA luciano.paiva@odia.com.br

Bajulação, média ou pura puxação de saco. Não importa como você, torcedor do Flamengo, vai chamar. É que hoje, a partir das 17h, quando a bola rolar para a 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, todo rubro-negro será também vascaíno. Afinal, o time de São Januário recebe o líder Palmeiras.

Se não quiser passar mais um ano só no ‘cheirinho’, o Flamengo (69 pontos), além de vencer o Cruzeiro no Mineirão, fica na torcida para que o Vasco, em casa, atrapalhe o Palmeiras (74).

Mas aí a pergunta é inevitável: como é que um apaixonado pelo Rubro-Negro faz para engolir a seco o orgulho histórico para torcer pelo arquirriva­l de São Januário?

A resposta vem de Nery Owczarzak (não tente pro- nunciar esse sobrenome, ainda mais se estiver sob o efeito de álcool!), um dos sócios do ‘Porco Amigo Bar’, restaurant­e aconchegan­te especializ­ado em carne suína — sugestivo, não? Ele, que é louco pelo Flamengo, recebeu a reportagem com um prato especial para que todo rubro-negro ofereça a um amigo vascaíno, o porco à portuguesa.

“Rapaz, se o Vasco vencer o Palmeiras, prometo nunca mais torcer por um rebaixamen­to deles. Nunca mais. Vamos, Vascão!”, brincou Nery, tirando onda com o sócio Eduardo Gomes, o Dudu, que é vascaíno e não perdeu a chance de devolver na mesma moeda a provocação: “O consolo é que o Flamengo não ganha nada, vive apenas de cheirinhos”.

Em um clima de bom humor e camaradage­m, Nery contou que deu uma secada no Vasco contra o São Paulo, na vitória cruzmaltin­a por 2 a 0. “O Vasco entraria cheio de gás contra o Palmeiras, ora! Se eles puderem, aposto que irão entregar o jogo deste domingo”, apostou o rubro-negro.

Dudu, que não é bobo, não está nem aí para a preocupaçã­o do Fla. Ele vai é aproveitar o momento. “Tem que me bajular mesmo. E vai ter que torcer pelo Vascão sem cara feia”, provocou, enquanto saboreava a deliciosa receita preparada pelo amigo.

Para seguir vivo na briga pelo hepta, o Flamengo precisa de um tropeço do Palmeiras em São Januário

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