O Dia

Vasco vê festa do Palmeiras e se complica

Derrota em casa ressuscita fantasma do risco de queda à Série B. Equipe de Felipão ganha o título do Brasileiro pela décima vez

- MARCELO BERTOLDO marcelo.bertoldo@odia.com.br

Festa no lado palmeirens­e, apreensão e decepção no vascaíno. A vitória de 1 a 0, em São Januário, garantiu ao Palmeiras o décimo título brasileiro, com uma rodada de antecedênc­ia, e prolongou o drama do Vasco na luta contra o rebaixamen­to para o decisivo confronto com o Ceará, domingo, no Castelão. Vascaíno na infância, Deyverson fez o gol do título e adiou o futuro do time do coração para a última rodada.

Até o fim do primeiro tempo, a confiança do Vasco foi medida pela maciça presença de seu torcedor, que mais uma vez lotou São Januário. A uma vitória do título, o Palmeiras bem que tentou justificar a privilegia­da situação na competição. Na briga na parte de baixo da tabela, o Vasco fez valer o peso de sua vitoriosa camisa em casa.

Assim, a pressão inicial do Alviverde perdeu força. Muito por conta da aplicação dos jogadores do Vasco na marcação e do encaixe de contra-ataques, puxados por Thiago Galhardo e Pikachu, que teve boa chance para abrir o placar. De fora da área, Andrey também deu trabalho ao goleiro Weverton.

A resposta do Palmeiras veio no venenoso chute de Bruno Henrique, rente à trave esquerda. Jogando junto com o time, o torcedor vascaíno não deixou de cobrar e cantar: “Ei, Vasco, vamos jogar”. O aplauso para os jogadores ao fim do primeiro tempo foi o agradecime­nto pela entrega que ‘segurou’ o líder do Brasileiro.

A irritação de Felipão à beira do gramado mudou a postura da equipe paulista na volta do intervalo. Com a vitória parcial do Flamengo sobre o Cruzeiro, em Belo Horizonte, o Palmeiras começou melhor. Pressionad­o, o Vasco perdeu em saída de bola. Isolado, Maxi López pouco pôde fazer. Deyverson, que entrou no lugar de Borja, precisou de 12 minutos em campo para abrir o placar. Aos 26, ele escorou a açucarada bola de Willian Bigode.

Em menor número, a torcida do Palmeiras explodiu em emoção, aos gritos: ‘É campeão’. Em silêncio, a do Vasco sentiu o baque do gol, assim como o time, sem força para reagir. Após o apagão coletivo, a situação piorou com a expulsão de Pikachu, por reclamação no fim. Com 19 gols no ano, o apoiador será um desfalque de peso contra o Ceará, jogo que pode decidir a permanênci­a na elite do futebol brasileiro e até uma vaga na Copa Sul-Americana.

“Ainda temos uma rodada, vamos com tudo”, disse Desábato.

Enquanto parte da torcida do Vasco ‘comemorava’ o título do Palmeiras e a condição de vice do arquirriva­l Flamengo, a outra cobrava: ‘Time sem vergonha’.

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