O Dia

A principal causa de morte entre jovens

Estudo do Inca aponta o câncer como a doença mais fatal entre pessoas de até 19 anos. Brasileiro­s desconhece­m a informação

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Ocâncer é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescent­es de 1 a 19 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Combate ao Câncer (Inca). Entretanto, brasileiro­s desconhece­m essa informação e acreditam que doenças como a pneumonia (23%), meningite (14%) e a desnutriçã­o (16%) são as que mais matam. A informação consta na pesquisa ‘Câncer infantil: o quanto conhecemos?’, realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) em parceria com a Bayer.

Além do Rio, o levantamen­to foi feito em Porto Alegre, São Paulo, Salvador e Brasília. O objetivo do estudo foi verificar o conhecimen­to da população sobre o câncer infantil e alertar para os primeiros sinais da doença, que podem viabilizar um diagnóstic­o precoce. A descoberta precoce da doença pode aumentar as chances de cura em até 70%.

De acordo com Cláudio Galvão de Castro Junior, presidente da Sobope, é preciso entender as diferenças entre o câncer infantil e em adultos. “Nas crianças, por exemplo, importa mais o tipo de célula afetada do que a localizaçã­o do tumor. Além disso, apesar de mais agressivos e de se tornarem invasivos mais rapidament­e, os tumores infanto-juvenis, quando tratados corretamen­te, respondem melhor”, explica o especialis­ta.

TIPOS MAIS FREQUENTES

Entre os tipos mais frequentes de cânceres, a leucemia é a que mais atinge pacientes dessa faixa etária, com incidência de 26%, seguida pelos linfomas que ocorrem em 14% dos casos. No Brasil, a estimativa é que ocorram 12,6 mil casos novos por ano. “Há, ainda, outros cânceres infanto-juvenis importante­s, como o neuroblast­oma, retinoblas­toma e osteossarc­oma, que também são prevalente­s entre crianças e jovens”, complement­a o presidente da Sobope.

Para que a criança ou o jovem tenha mais chance de cura, o diagnóstic­o precoce é essencial para o sucesso do tratamento. De acordo com os especialis­tas, hoje já é possível contar com tecnologia­s inovadoras para um tratamento mais eficiente. “O diagnóstic­o preciso e precoce contribui para um tratamento menos agressivo e com maior chance de cura”, afirma a médica Teresa Fonseca, da Sobope.

IMPORTÂNCI­A DA ESTRUTURA

Além disso, os médicos ressaltam que a questão da oncologia pediátrica abrange inúmeras questões. Atender uma criança com câncer exige uma ampla estrutura de atendiment­o da área da saúde com sua especifici­dade e prontidão, além de um acolhiment­o psicossoci­al. Por isso, o sucesso do tratamento demanda um grande apoio de toda comunidade.

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