O Dia

TRAGÉDIA NO TRÂNSITO

Segundo testemunha­s, um dos veículos ultrapasso­u cruzamento no Humaitá e colidiu. Três pessoas ficaram feridas no acidente

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Um bebê de 2 anos morreu atingido na calçada por dois veículos que se envolveram em um acidente, no Humaitá. A mãe da criança sofreu ferimentos e está internada. Segundo testemunha­s, uma van passou sem parar pelo cruzamento das ruas Conde de Irajá e Capistrano de Abreu, atingindo um táxi. Os motoristas prestaram depoimento e foram liberados.

Uma criança de 2 anos morreu e três pessoas ficaram feridas após um acidente, na manhã de ontem, no cruzamento entre as ruas Conde de Irajá e Capistrano de Abreu, no Humaitá, Zona Sul da cidade. De acordo com testemunha­s, uma van em alta velocidade colidiu com um táxi após ultrapassa­r o cruzamento, e atingiu mãe e filho, que estavam na calçada, voltando de uma aula de natação.

O menino Nicolas Reis chegou a ser levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, mas já chegou à unidade morto. A mãe Susan Reis, de 43 anos, tem quadro de saúde estável e foi transferid­a para uma rede privada.

A passageira do táxi Vera Lúcia Torino, de 69 anos, e o motorista Pedro Francisco, de 47 anos, também ficaram feridos, mas não quiseram atendiment­o do Corpo de Bombeiros. Taxista há sete anos, Pedro disse estar desolado. “Eu machuquei apenas a mão e a perna, mas por dentro estou arrasado. Sou pai de seis filhos e me coloco no lugar da família, ver um menino lindo naquele estado, dói muito”, desabafou.

Segundo o motorista, que prestou depoimento na 10ª DP (Botafogo) junto ao condutor da van, os dois foram liberados. “A preferênci­a era minha, a van estava totalmente errada. Tinha uma placa de ‘pare’ e também pintado no chão. Ele foi liberado sem mais nem menos, isso é absurdo. Mas foi muito rápido, nem sei quem de fato atingiu a mãe e a criança.”

Em nota, a Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para apurar homicídio culposo, quando não há intenção de matar. “Os envolvidos formam identifica­dos e será realizada perícia no local para apontar a responsabi­lidade criminal”, disse o órgão.

Maurício Lourenço, de 44 anos, trabalha ao lado de onde aconteceu a batida e ajudou nos primeiros socorros. “A gente já esperava que uma hora ia ter uma tragédia, porque acidentes aqui são rotina. Ninguém respeita o cruzamento, os carros sempre atravessam sem parar”, contou ele.

O porteiro Jerson Freire, de 59 anos, presenciou o acidente. “A van estava em alta velocidade, ultrapasso­u o cruzamento e logo depois perdeu o controle, quando tentou desviar do táxi. É triste, essa rua precisa de um sinal e quebra-mola”.

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MARCIOMERC­ANTE/AGÊNCIAODI­A Carrinho da criança ficou quebrado na calçada após o acidente

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