MUITA EMOÇÃO NO DIA SEGUINTE
Prefeitura planeja nova sinalização em esquina do Humaitá onde morreu criança
Ficou coberto de flores o local em Botafogo onde na segunda-feira morreu o bebê Nicolas, de 2 anos, atingido na calçada por dois veículos desgovernados. Mãe da criança teve alta hospitalar. Prefeitura planeja instalar rotatória.
Um dia após o acidente de trânsito que matou uma criança de 2 anos e feriu três pessoas, a CET-Rio anunciou ontem que planeja instalar uma minirrotatória no local da tragédia, o cruzamento das ruas Conde de Irajá e Capistrano de Abreu, no Humaitá, na Zona Sul. O objetivo é reduzir a velocidade dos veículos e orientar os motoristas na área. O órgão também vai reforçar a sinalização no cruzamento.
Ontem, no local do acidente, moradores deixaram flores em homenagem ao menino Nicolas Antônio Reis. Ele estava com a mãe, Susan Reis, de 43 anos, quando os dois foram atingidos após a colisão de uma van com um táxi. O garoto chegou a ser levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, mas não resistiu aos ferimentos. Na batida, também foram feridos o taxista Pedro Francisco, 47, e a passageira Vera Lúcia Torino, 69. Susan Reis teve alta ontem do Hospital Copa D’or, em Copacabana.
Pessoas que moram no entorno do cruzamento e amigos da família do menino Nicolas organizam um protesto para a próxima sexta-feira (dia 30) para prestar solidariedade e chamar atenção das autoridades para a falta de sinalização no cruzamento. Mãe de dois filhos, um de 3 anos e outro de 5 meses, Fernanda Costa, 35, passa pelo local diariamente e criticou o alto número de acidentes no cruzamento. “Eu acabei de levar meu filho na creche, então me coloco no lugar dela. É muito triste, precisa de algum redutor de velocidade e fiscalização porque vários carros param no lugar errado e também prejudicam a visibilidade”, contou ela.
O dono de um restaurante da região, Costa e Silva, 39 anos, também reclamou da falta de ação da prefeitura. “Os motoristas não sabem que a preferência é da Conde de Irajá. Esse cruzamento é brutal. Eu já mandei diversos e-mails para a CET-Rio e eles responderam que estava bem sinalizado. Realmente, há sinalização, mas, se acontece batida toda semana, alguma coisa tem de ser feita. Foi negligência pura, é um absurdo”, reclamou.
Natural da Bélgica e morador de Botafogo, Olivier Bodart, de 36 anos, passeava com o filho Basílio, de 1 ano e 4 meses, na manhã de ontem e parou para ver as homenagens ao pequeno Nicolas. “Para todo mundo é uma tragédia. Se vê muito no Rio acidentes absurdos. Precisa de uma campanha de responsabilização, os motoristas devem ter mais consciência, porque dirigir carro não te dá o direito de fazer tudo o que quiser, há outras pessoas ao redor”, afirmou.