O Dia

Major PM é fuzilado em Nova Iguaçu

Crime teria sido ordem de Fernandinh­o Guaburu, um dos bandidos mais procurados do Rio, após prisões e mortes de parte de seu bando

- MARIA INEZ MAGALHÃES minez@odia.com.br RAFAEL NASCIMENTO rafael.nascimento@odia.com.br

Alan de Luna Freire (foto menor) foi assassinad­o na manhã de ontem a tiros de fuzil. O crime pode ter sido ordenado por Antonio Eugênio de Souza, o Batoré, da quadrilha do traficante Fernandinh­o Guarabu, da Ilha do Governador.

A morte do major Alan de Luna Freire, de 40 anos, assassinad­o a tiros de fuzil na manhã de ontem no bairro Jardim Esplanada, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, pode ter sido ordenada por Antonio Eugênio de Souza, o Batoré. O suspeito é apontado pela polícia como o “matador” da quadrilha de Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinh­o Guarabu, 39. Batoré teria feito as ameaças ao policial.

As ameaças teriam começado na semana do dia 10, um dia depois de Luna e policiais do 17º BPM (Ilha do Governador), juntamente com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRFA) participar­em de uma ação na qual dois seguranças de Guarabu foram mortos. Dias antes, Luna havia prendido integrante­s da quadrilha do traficante, do Morro do Dendê.

Luna foi assassinad­o por volta das 8h30. Os criminosos, que estariam em um Hyundai Elantra prata e uma moto, atiraram no veículo do major e fugiram. Pelo menos 24 disparos acertaram a carro do PM. Os tiros foram agrupados, todos per- to da maçaneta da porta do motorista. De acordo com a DHBF, foram apreendida­s várias cápsulas de fuzil calibre 762.

De acordo com o delegado Leandro Costa, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o carro não era blindado, como especulou-se logo após a execução, e todos os os tiros foram de fuzil calibre 762.

“Estamos buscando câmeras de segurança e fazendo diligência­s em busca de informaçõe­s”, disse o delegado, que completou: “Eles vieram para executá-lo. Agora, queremos saber quem mandou matá-lo. Ele foi atingido no braço e na lateral esquerda do corpo”, afirmou o policial.

Vários parentes do major foram para o local do crime. A esposa do policial precisou receber atendiment­o médico ao saber da morte do marido. O casal e o único filho, de 3 anos, moravam no bairro há pouco mais de um ano e haviam chegado de viagem na segunda-feira passada.

“Ela precisou receber um medicament­o na veia porque ficou muito nervosa. O filho é pequeno e amava o pai”, disse uma moradora, que não quis se identifica­r.

OPERAÇÃO DO BOPE NO DENDÊ

O major Luna era lotado no 17º BPM (Ilha do Governador) e estava na corporação há 17 anos. O enterro será hoje, às 14h, no Cemitério Parque Jardim de Mesquita, no Município de Mesquita, na Baixada Fluminense.

Ontem à tarde, horas depois do assassinat­o do major Alan de Luna, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciaram uma operação no Morro do Dendê, na Ilha do Governador. De acordo com a corporação, não houve registro de prisões ou apreensões na comunidade.

Com a morte do major, sobre para 83 o número de policiais militares mortos este ano.

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 ?? SEVERINO SILVA ?? Carro do major Alan de Luna Freire, do 17º BPM, ficou com mais de 25 marcas de tiros, em Nova Iguaçu
SEVERINO SILVA Carro do major Alan de Luna Freire, do 17º BPM, ficou com mais de 25 marcas de tiros, em Nova Iguaçu

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