Futuro chanceler apresenta suas pautas
O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que vai atuar ao lado do presidente eleito, Jair Bolsonaro, contra o que ele chamou de “alarmismo climático” e pela rejeição à “adesão às pautas abortistas e anticristãs”. Ele criticou ainda, alinhado ao presidente americano, Donald Trump, a “destruição da identidade dos povos por meio da imigração ilimitada”. As declarações foram publicadas ontem, em artigo publicado no jornal ‘Gazeta do Povo’, assinado pelo futuro chanceler e intitulado ‘Mandato popular na política externa’.
No texto, Araújo destaca que o objetivo de Bolsonaro é “libertar o Itamaraty”, combatendo a ideologia marxista instaurada nas Relações Exteriores desde o governo do PT. Segundo ele, assuntos como aborto, questões climáticas e apoio à Venezuela são elementos da “ideologia petista” que precisam ser retirados do órgão do Poder Executivo, sendo necessário conhecer e repudiá -los para assumir o cargo de ministro.
Araújo aponta a necessidade de mudanças no Itamaraty, dizendo que “diplomatas pretensiosos” gostariam de ver “uma espécie de ministro das Relações Envergonhadas”, que pediria desculpas ao mundo pela eleição de Bolsonaro, freando a atuação do futuro presidente e agindo contra a democracia. Ele destaca que, para alguns no Itamaraty, o presidente é um convidado ilustre nos jantares oficiais, sem “voz efetiva”. “Você é a favor da democracia? Então deixe o povo brasileiro entrar na política externa”, finalizou.