ADEUS AO MAJOR ASSASSINADO NO RIO
PM era do 17º BPM (Ilha do Governador) e foi executado na última terça-feira. Ele estava sendo ameaçado por criminosos
Morto a tiros de fuzil, na manhã de terça-feira, em Nova Iguaçu, o major PM Alan de Luna Freire foi enterrado ontem, em Mesquita. A polícia busca câmeras de segurança para tentar elucidar o crime.
Omajor da Polícia Militar Alan de Luna Freire, de 40 anos, assassinado a tiros de fuzil na manhã da última terça-feira no bairro Jardim Esplanada, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi enterrado ontem no cemitério Jardim de Mesquita, em Mesquita. Inconsoláveis, parentes e amigos lamentaram a morte do policial.
Segundo a Polícia Militar, o crime teria sido ordenado por Antonio Eugênio de Souza, mais conhecido como Batoré. O suspeito é apontado pela corporação como o principal matador da quadrilha de Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, que atualmente comandaria o tráfico de drogas na Ilha do Governador.
Ainda segundo a corporação, as ameaças teriam começado na semana do dia 10 de novembro, um dia depois do major Luna e policiais do 17º BPM (Ilha do Governador), juntamente com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRFA), participarem de uma ação na qual dois supostos seguranças de Guarabu foram mortos. Dias antes, Luna também havia prendido integrantes da quadrilha do traficante, no Morro do Dendê.
O major foi assassinado por volta das 8h30 da última terça-feira. Os criminosos, que estariam em um Hyundai Elantra prata e uma moto, atiraram no veículo do major e fugiram. Pelo menos 24 disparos acertaram o carro do PM. Os tiros foram agrupados, todos perto da maçaneta da porta do motorista. De acordo com a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), foram apreendidas várias cápsulas de fuzil calibre 762. Segundo o delegado da especializada, Leandro Costa, o carro não era blindado, como especulou-se logo após a execução.
“Estamos buscando câmeras de segurança e fazendo
Bandidos estariam em um carro e uma moto, e efetuaram pelo menos 24 disparos contra policial
diligências para termos mais informações”, disse o delegado. “Eles vieram para executá-lo. Agora, queremos saber quem mandou matá-lo. Ele foi atingido no braço e na lateral esquerda do corpo”, completou.
O major Luna era lotado no 17º BPM (Ilha do Governador) e estava na corporação há 17 anos. Ele era casado e deixou um filho de 3 anos. Com a morte dele, subiu para 83 o número de policiais militares mortos ao longo do ano de 2018.
Na própria terça-feira, horas depois do assassinato, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciaram uma operação no Morro do Dendê, na Ilha do Governador. De acordo com a corporação, não houve registro de prisões ou apreensões na comunidade.