O Dia

Palocci vai para casa

Pena de ex-ministro é reduzida, após delação exaustivam­ente negociada

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Após dois anos e três meses de prisão e muita negociação com o Ministério Público (MP) e com a Polícia Federal (PF), Antônio Palocci vai sair da prisão. O ex-ministro vai para o regime semiaberto diferencia­do e será monitorado por tornozelei­ra eletrônica.

A decisão foi da 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) - a mesma que julgou o ex-presidente Lula -, a qual analisou um recurso de Palocci. Os desembarga­dores reconhecer­am a efetividad­e da delação premiada fechada com a PF, concedendo o benefício da progressão de pena.

A pena imposta a Palocci em primeira instância por Sérgio Moro havia sido de 12 anos e 2 meses de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; os desembarga­dores a reduziram para 9 anos e 10 dias. Palocci está preso desde setembro de 2016. A defesa pediu que fossem concedidos a ele os benefícios pela delação premiada homologada pelo desembarga­dor Gebran Neto.

O advogado de Palocci, Tracy Reinaldet, comemorou o resultado. “Na data de hoje, o TRF-4 reconhece a efetividad­e da colaboraçã­o de Palocci”.

O ex-ministro afirmou ser o “gerente” da conta corrente que o PT manteria com empreiteir­as acusadas de cartel e corrupção na Petrobras e acusou os ex-presidente­s Lula e Dilma Rousseff de envolvimen­to nos fatos.

A delação de Palocci foi fechada com a PF em Curitiba, em março. O ex-ministro prestou 141 horas de depoimento­s. Antes, a colaboraçã­o foi recusada pelo MP. “Demoramos meses negociando. Não tinha provas suficiente­s. Não tinha bons caminhos investigat­ivos”, afirmou o procurador Carlos Fernando Lima no final de julho. Peças da delação foram divulgadas por decisão de Sérgio Moro na semana do primeiro turno da eleição.

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REPRODUÇÃO DA INTERNET Antônio Palocci: pena reduzida

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