O Dia

Segurado vai trabalhar mais

Para evitar perda na aposentado­ria, trabalhado­r precisa contribuir por mais dois meses

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Trabalhado­res que atingiram as condições de aposentado­ria por tempo de contribuiç­ão (30 anos de recolhimen­to para mulheres e 35, para homens) e esperarem para aposentar em janeiro ou fevereiro de 2019 podem ter perda menor no valor do benefício. Como houve aumento médio na expectativ­a de vida, segundo o IBGE, que influência diretament­e o fator previdenci­ário, a aposentado­ria solicitada em dezembro, comparada ao pedido feito em novembro, terá redução de 0,77%. Para ter o mesmo padrão, o segurado terá que trabalhar mais, em média, 54 dias.

Aquedado valor das novas aposentado­rias ocorrerá porque, além da expectativ­a de vida ao nascer, o IBGE recalcula, também, a expectativ­a de sobrevida. Ou seja, quantos anos mais apessoa viverá por faixa etária.

A expectativ­a de vida ao nascer subiu para 76 anos em 2017, alta de três meses e onze dias em relação ao ano anterior, segundo o IBGE. Em 2016, era de 75,8 anos. Na faixa entre 40 e 80 anos, a expectativ­a de vida comparada ao ano passado, aumentou 54 dias.

“Coma mudança, o segurado precisa trabalha rum pouco mais para ter o mesmo benefício. Por exemplo, um homem com 55 anos com 35 anos de contribuiç­ão vai precisar trabalhar mais 73 dias para ter direito ao mesmo valor que seria pago hoje”, afirma Newton Conde, atuário especializ­ado em Previdênci­a e consultor da Conde Consultori­a Atuarial.

O levantamen­to trouxe dados sobre expectativ­a de vida: enquanto a projeção feminina em 2017 foi de 79,6 anos, a dos homens ficou em 72,5. Até nos bebês essa tendência se repete: a cada mil meninos nascidos no ano passado, 13,8 não chegavam ao primeiro ano de vida. Para as meninas, essa taxa ficou em 11,8 a cada mil.

 ?? AGÊNCIA BRASIL ?? Mulheres trabalhado­ras vivem mais que homens, segundo levantamen­to divulgado pelo IBGE
AGÊNCIA BRASIL Mulheres trabalhado­ras vivem mais que homens, segundo levantamen­to divulgado pelo IBGE

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