O Dia

Negociação do piso regional sem acordo

Empregados e patrões fizeram propostas de reajuste, mas não houve consenso

- MAX LEONE max.leone@odia.com.br

A definição do reajuste do piso regional deste ano ficará para depois da posse do governador eleito, Wilson Witzel (PSC). Ontem, a primeira reunião do Conselho Estadual de Trabalho terminou sem consenso sobre o aumento para as faixas salariais. A bancada dos trabalhado­res propôs correção de 8,7%. Os representa­ntes dos empregador­es, no entanto, querem dar reajuste de 1,22%. Mesmo com a contraprop­osta dos empregados, de 6,95%, o encontro acabou sem aprovação. Nova reunião será dia 13 de dezembro.

Em 2018, o piso teve aumento de 5%. A correção entrou em vigor em março, retroativo a janeiro. Cerca de 170 categorias profission­ais no estado são abrangidas, como empregadas domésticas, garçons, cozinheiro­s, pedreiros, pintores, cabeleirei­ros e manicures.

Mais de dois milhões de trabalhado­res privados se beneficiam dos valores das faixas, que são: R$1.193,36 (faixa 1); R$1.237,33(faixa2);R$1.325,31 (faixa 3); R$1.605,72 (faixa 4); R$2.421,77 (faixa 5); e R$3.044,78 (faixa 6).

De acordo com um representa­nte dos trabalhado­res, a primeira proposta previa o reajuste do salário mínimo nacional de 5,45% para 2019, acrescido de 3,25% de aumento real (acima da inflação).

Os patrões propuseram 1,22%, que representa a previsão do INPC de 4,22%, diminuído de reajuste real de 3% que teria sido concedido ano passado. Na tentativa de fechar acordo, os trabalhado­res apresentar­am 6,95%: 5,45% mais aumento real de 1,50%. O que também não foi aceito.

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FERNANDA DIAS/AGÊNCIA O DIA Empregadas domésticas estão incluídas na faixa 1 do piso regional

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