O Dia

Qualidade e belas embalagens ganharam espaço. Clientes escolhem até combinação de sabores

Panetone com toque personaliz­ado

- GUSTAVO RIBEIRO gustavo.ribeiro@odia.com.br

Diferentes lendas tentam contar a história do panetone, o delicioso brioche que não pode faltar nas mesas de Natal. Uma delas diz que tudo começou quando um padeiro italiano criou uma receita especial para adocicar a boca do pai da moça que queria namorar. O futuro sogro, chamado Toni, virou seu freguês e a iguaria passou a ser chamada de Pão do Toni. A data de origem também é imprecisa, mas séculos depois o doce é

FERNANDO MANSUR

o queridinho de cariocas que desejam ganhar uma renda extra no fim de ano e estimula a economia popular.

A história do Pão do Toni foi contada por um professor à padeira Hilka Telles, 60 anos, jornalista aposentada do Grajaú. Ela então passou a dedicar mais tempo a uma paixão que começou a estudar em 2010: fazer pães. No início, preparava panetones para a família e amigos. Em outubro passado, resolveu criar uma marca — Fait Maison (“Feito em Casa”) — e atraiu grande público com a receita italiana herdada de um mestre.

A fama de boca em boca fez a padeira suspender as encomendas para o Natal no dia 28 de novembro, mas a partir de janeiro vai produzir pães e doces finos. Além do tradiciona­l, ela faz chocotones e dá opção ao cliente de montar seu panetone, podendo escolher a massa (frutas cristaliza­das ou chocotone), o recheio (trufado de maracujá, limão ou chocolate belga com nozes e de Nutella) e a cobertura (fondant ou chocolate).

“Fechei a minha lista para manter a qualidade, porque ele é artesanal. Tive 95 encomendas desde o fim de outubro”, comemora. “Uso chocolate belga, manteira extra, ovos caipira e farinha de trigo puríssima.”

A estudante de Gastronomi­a Laise Lopes, 21 anos, moradora de Jacarepagu­á, aproveita as datas festivas para incrementa­r a produção e fazer dinheiro. A jovem, que também produz em casa, frequentou um curso de Cozinheiro do Senac RJ aos 17 anos e começou a vender, há dois anos, panetones de frutas cristaliza­das, chocotones e os flambados de calabresa e de bacalhau, suas principais atrações. Recebeu 200 encomendas só esta semana. Em novembro, ganhou mais notoriedad­e ao ficar em terceiro lugar em uma competição nacional do Senac.

“Sempre gostei de fazer coisas ‘fora da caixinha’. As pessoas costumam provar os panetones salgados e se surpreende­m com o gosto”, orgulha-se Laise, dona da marca Doceria Gran Sapore.

Além do sabor, as embalagens quase personaliz­adas são um detalhe especial. Enfeitam com classe qualquer mesa antes de se iniciar a ceia. valem como presente.

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Receitas caseiras aprimorada­s e com segredinho­s da cozinha moderna deram destaque aos panetones

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