O Dia

Em votação sem incidentes, clube elege o presidente para os próximos três anos

Mengão sob novo comando

- MARCELO BERTOLDO marcelo.bertoldo@odia.com.br

Os rubro-negros foram às urnas para eleger o sucessor do presidente Eduardo Bandeira de Mello, há seis anos no comando do Flamengo. A eleição transcorre­u sem incidentes e apontava o favoritism­o de Rodolfo Landim, da Chapa Roxa. Até o fechamento desta edição, a apuração ainda não havia sido concluída.

À tarde, Landim, engenheiro e executivo do setor de petróleo, de 61 anos, já discursava como vencedor. Apoiado por nomes como Zico, maior ídolo do clube, e por ex-presidente­s influentes na política rubro-negra, como Márcio Braga, Kleber Leite e Patrícia Amorim, ele mostrava muito otimismo com o resultado das urnas: “Temos a convicção de que vamos ganhar esta eleição, pelo movimento que estamos sentindo de união”.

À noite, muitos dos que apoiam Landim cantaram o hino do Flamengo, em clima de vitória, e puxaram o grito: “Cheirinho nunca mais”.

O principal adversário era Ricardo Lomba, da Chapa Rosa, atual vice de futebol, apoiado por Bandeira de Mello. O vencedor vai assumir um clube com estimativa de receita de R$ 750 milhões em 2019, sendo R$ 100 milhões para contrataçõ­es, com o desafio de transforma­r o poder financeiro em títulos.

Landim garante a volta de Cláudio Pracownik, exvice de finanças da gestão de Bandeira, para a mesma pasta, e de Marcos Braz, provavelme­nte para o cargo de vice de futebol. “Vocês não estão errados de conjectura­r a participaç­ão do Marcos Braz no futebol do Flamengo”, antecipou, em conversa com jornalista­s.

De Marcos Braz, campeão brasileiro pelo Flamengo em 2009, espera-se uma atuação ativa no Comitê de Futebol, que será criado na nova gestão. O grupo já trabalha nos bastidores e tem nomes encaminhad­os de reforços, além do técnico Abel Braga.

“Vamos precisar ter uma definição (até a pré-temporada). Não sei se conseguire­mos concluir todas as transações até lá. Várias coisas estão bem adiantadas, não todas. Mas temos trabalhado, até um pouco retraídos, pois não temos a caneta. É difícil fechar ou anunciar qualquer reforço sem termos a caneta na mão”, ressaltou Landim.

No momento de votar, Eduardo Bandeira de Mello foi hostilizad­o por um sócio: “O cheirinho acabou”. Seguranças logo se movimentar­am, mas o atual presidente não reagiu à provocação.

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Vamos precisar ter uma definição (até a pré-temporada). Não sei se conseguire­mos concluir todas as transações até lá

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FERNANDA DIAS/AGENCIA O DIA Candidato da Chapa Roxa, o engenheiro Rodolfo Landim, de 61 anos, apoiado por Zico, já falava à tarde como presidente eleito do Flamengo

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