O Dia

AGU avalia que mais de 1 milhão têm direito

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A Advocacia-Geral da União (AGU) divulgou, na época da sentença do Supremo, que cerca de um milhão de pessoas devem ter direito à revisão das aposentado­rias por conta do período do Buraco Negro. Mas, o INSS diz que esse número é apenas uma “estimativa genérica”.

Segundo o presidente do Instituto de Estudos Previdenci­ários (Ieprev), Roberto de Carvalho Santos, o levantamen­to está longe de representa­r a realidade dos eventuais beneficiár­ios das correções. Isso porque é preciso analisar caso a caso, com um cálculo que envolve a inflação do período e as variações de contribuiç­ões do trabalhado­r.

“Já tivemos casos de aposentado­s que entraram na Justiça e não havia revisão a ser feita. Então, o ideal é fazer as contas com um advogado previdenci­ário ou um contador para evitar o desgaste de um processo desnecessá­rio”, orienta.

Antes de entrar na Justiça, o advogado recomenda que o beneficiár­io verifique a carta de concessão do benefício. “Se houver a observação ‘limitado ao teto’ no documento, provavelme­nte o trabalhado­r terá direito à correção”, diz.

O reajuste exato para cada aposentado­ria, porém, vai depender da contribuiç­ão média de cada segurado do INSS durante a vida profission­al. Ou seja, nem todo aposentado com direito à correção terá um reajuste para o atual teto do INSS, que hoje é R$ 5.645,81.

Por exemplo, trabalhado­r que se aposentou em 1997 com o teto de R$ 1.031,37 acabou prejudicad­o em relação a um que obteve o benefício no ano seguinte, quando o teto aumentou para R$ 1.200 — embora ambos tenham a mesma média de contribuiç­ão previdenci­ária.

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