O Dia

(interino)

Resistênci­a ao programa de extinção de estatais Movimento sindical ligado ao funcionali­smo federal garante que vai organizar categorias atingidas por medidas do atual governo

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O Confederaç­ão dos Trabalhado­res no Serviço Público Federal (Condsef ) garante que vai resistir ao decreto que altera regras de extinção de empresas estatais e facilita a demissão de servidores. O secretário-geral da entidade, Sérgio Ronaldo, afirma que o movimento sindical organizará as categorias atingidas pelas medidas do governo Temer para enfrentar a situação.

Segundo o sindicalis­ta, o presidente Michel Temer (MDB) baixou decreto em 30 de novembro que deixa sobre responsabi­lidade do Ministério do Planejamen­to o acompanham­ento de liquidação de empresas públicas. Também compete ao Ministério da Fazenda e à pasta, a qual o órgão estiver vinculado, indicar a extinção da estatal ao Programa de Parcerias de Investimen­tos (CPPI) ao Programa Nacional de Desestatiz­ação (PND).

O Sérgio Ronaldo explica que as empresas marcadas para serem extintas podem demitir até 95% do seu quadro. Dois exemplos das que estão em processo de liquidação bem avançado são a Companhia de Armazém e Silos e Minas Geral e a Companhia Docas do Maranhão. Sérgio Ronaldo critica que nos dois anos e meio à frente da Presidênci­a da República, Michel Temer (MDB) reduziu de 155 para 138 o número de estatais.

Na avaliação do secretário­geral da Condsef, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já sinalizou que pretende ampliar o processo de extinção, tendo anunciado, inclusive que acabará com a Empresa Brasil de Comunicaçã­o (EBC). O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que quer privatizar todas as estatais, o que geraria lucro de R$ 800 bilhões.

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AGêNCIA BRASIL Proposta deixada por Temer enfrentará resistênci­a dos servidores

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