O Dia

O SENADO – PARTE 2

- LEANDRO MAZZINI

O PSDB e o senador Tasso Jereissati (CE) avaliam que são cada vez maiores as chances de o tucano vencer a eventual disputa com Renan Calheiros (MDB-AL) pela presidênci­a do Senado em 2019. Caciques da legenda projetam que Tasso poderá ter o apoio fechado da base do Governo de Jair Bolsonaro (PSL), que terá 23 senadores – o Planalto deve entrar oficialmen­te na disputa em Janeiro, quando indicará o seu escolhido para apoiar. Para os tucanos, aliados do Palácio e os senadores indecisos, nestes tempos de ‘bolsonaris­mo’ em alta, o bom senso indica aos senadores não peitar, de início, o presidente eleito. Renan, no entanto, é coringa veterano. Tem suas cartas.

Dissidente­s

Os tucanos também miram dissidente­s do MDB, que não querem Renan de volta ao comando do Senado, e até parlamenta­res da oposição.

Em tempo

A votação para a presidênci­a do Senado permanece secreta. Pelos corredores

PAJELANÇA

da Casa Alta, no entanto, Tasso Jereissati se esquiva de perguntas sobre a disputa.

Missão (im)possível

Ninguém queria ser o Secretário de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro. Foram consultado­s dezenas. A missão é de Luiz Cláudio Carvalho.

Na década de 1950, quando estava com 16/17 anos de idade, tive uma vontade insopitáve­l de me dedicar ao futebol. Jogava no Colégio Vera Cruz, na rua Hadock Lobo, e era considerad­o um “cobra”. Ao lado de outra fera, que era o meu colega de turma Zé Pedro, fizemos uma manobra e fomos treinar no Vasco da Gama. O pai do Zé Pedro conhecia um diretor do Vasco, na época treinado pelo Oto Glória e, graças a isso, conseguimo­s o privilégio de treinar em São Januário, no mesmo gramado de tão gloriosas tradições.

Recebi a camisa de médio esquerdo, com a incumbênci­a de marcar o ponteiro argentino Salvini, que estava contratado pelo Vasco. Atuei um tempo inteiro e acho que me saí bem, pois o treinador mandou voltar na semana seguinte, o que acabei não fazendo, por motivos desconheci­dos.

Depois, com a chuteira debaixo do braço e sempre na companhia do Zé Pedro, fui até o estádio de Álvaro Chaves, para treinar no Fluminense.

Não saí da arquibanca­da. Achei que tinha gente demais e não valeria a pena sequer treinar. Fui também a General Severiano, atuando de zagueiro no Botafogo. O treino terminou ao anoitecer, sem a luz de refletores. O treinador mandou voltar no treino seguinte, o que não aconteceu. Eu não queria jogar muito de zagueiro, em virtude da minha altura.

Cheguei a pisar no gramado de Bangu (num amistoso) e aconteceu o mesmo no campo do Flamengo, na Gávea, num jogo amistoso entre jornalista­s (eu já defendia as cores da revista ‘Manchete’). Nessas condições atuei duas vezes no Maracanã (jogos de radialista­s x jornalista­s) e ainda joguei uma vez naquele estádio defendendo as cores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da então Universida­de do Distrito Federal. Foi quando experiment­ei a sensação de fazer um gol naquele que era o maior estádio do mundo.

Mas como o meu coração estava com o América F. C., foi no seu infantojuv­enil que atuei mais vezes, alternando a posição de médio esquerdo com a de meia esquerda e ponteiro esquerdo. Na época existia o América Jr. e eu jogava por ele, sob a orientação do seu Freitas, depois técnico no juvenil.

Quando houve uma debandada do time do AFC (saíram Jorge, Toninho, Manfredo, Severino, Mariozi e Zagallo), todos foram para o Flamengo, menos o Severino, que foi para o São Cristóvão, e o Jorge goleiro, que foi para a Portuguesa. O jeito dado pelo treinador foi promover o infantojuv­enil e nessa subida passei a treinar na ponta esquerda, no lugar antes ocupado pelo Zagallo, o que foi naturalmen­te uma honra.

Mas aí tive que fazer uma dura opção. O diretor da ‘Manchete Esportiva’, onde eu trabalhava, me chamou e deu um ultimato: ou você quer ser jogador (os treinos eram à tarde) ou jornalista. Tive que optar pelo meu emprego, aliás, muito bem remunerado. Passei a praticar esportes noturnos, como natação, futebol de salão e basquetebo­l, o que fazia com grande regularida­de. Acabei campeão carioca da 2ª divisão de basquete, atuando pelo Clube Municipal. Era capitão do time.

Aí casei e deixei de praticar esporte com regularida­de.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil