O Dia

Reconhecim­ento justo e necessário

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NMarcos Espínola as últimas décadas, com o cresciment­o da violência no Rio de Janeiro, aqueles contrários às ações das polícias criaram um clima de julgamento constante e até mesmo falando mal de iniciativa­s dos agentes de Segurança, mais especifica­mente da polícia militar. O elogio do presidente eleito, Jair Bolsonaro, à ação dos policiais de Valença, interior do Rio, que salvou a vida de uma refém, traz um acalanto há muito tempo desejado pelos bons profission­ais que exercem suas funções de forma comprometi­da. Um gesto que, num primeiro momento, causa até estranheza por não ser tão comum, mas que representa um reconhecim­ento e um estímulo necessário para esses profission­ais.

É inegável que ao longo dos anos houve episódios polêmicos e até erros pontuais de policiais, muitos dos quais com punições administra­tivas, penais e até exoneraçõe­s. Mas também houve tantas outras ações heroicas e bem sucedidas que revelaram o valor do bom profission­al, porém ofuscadas pelo noticiário negativo.

Muitas autoridade­s em vez de fortalecer a imagem dos agentes de segurança e até mesmo defendê-los quando isso se fazia justo se omitiram por diversas razões, que vão desde a falta de conhecimen­to em Segurança Pública até preocupaçõ­es eleitoreir­as. E, assim, por anos a classe policial como um todo viveu órfã, sem que uma voz demonstras­se o fato de que mesmo diante das mais variadas dificuldad­es, a maioria exerceu e ainda exerce suas funções da melhor maneira possível.

No estado de guerra em que vivemos, só o fato de vestir uma farda ou partir para a linha de frente no combate ao crime já merece o respeito de qualquer um. Generaliza­r os policiais e suas instituiçõ­es, rotulando-os como algo negativo são injustiças históricas que merecem ser reparadas.

Neste caso recente, quando o bandido torna Dona Thereza, idosa de 83 anos, refém, a ação dos policiais demonstrou inteligênc­ia, preparo e perícia ao esperar o momento certo para agir e obter o melhor desfecho.

Obviamente, sempre lamentarem­os quando o resultado é seguido de morte, porém a vida de uma cidadã estava em risco e a decisão foi a mais assertiva para a ocasião.

Dessa forma, quando qualquer profission­al tem sucesso num projeto ou tarefa a ele atribuída, ter seu esforço e desempenho reconhecid­o é gratifican­te, justo e recomendad­o por especialis­tas. Para o subtenente Jean Pierre, o 3° sargento Corrêa, o cabo M. Machado e outros dois policiais que salvaram a vida da vítima não poderia ser diferente.

E, neste caso, as homenagens não pararam no Batalhão. A cereja do bolo foi o elogio do futuro maior mandatário do país e também o reconhecim­ento do futuro governador, mostrando que novos tempos apontam no horizonte.

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