‘Tratamento desumano’
China acusa Canadá de não prestar assistência à saúde de executiva presa
Ogoverno chinês denunciou que a executiva da Huawei, Meng Wanzhou, tem recebido “tratamento desumano” durante sua detenção, no Canadá. A chinesa, de 46 anos, declarou sob juramento que sofre de hipertensão grave e que desde o dia 1º, quando foi presa, precisou ser levada diversas vezes em um hospital.
O porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, declarou que Meng tem sido mantida em cárcere de forma “desumana e que viola seus direitos”. Segundo o jornal chinês ‘Global Times’, “o centro de detenção canadense não oferece a ela os cuidados de saúde necessários”.
Na sexta-feira, Meng entregou ao Juizado do Canadá uma declaração de 55 páginas, solicitando sua liberdade, em vista da necessidade de tratamento médico. “Continuo sem me sentir bem e temo que minha saúde se deteriore durante minha detenção”, pediu a executiva que, em 2011, sobreviveu a um câncer na tireoide.
A procuradoria canadense negou o pediu de liberdade da executiva, com receio que ela viaje para China, fugindo do pedido de extradição para os Estados Unidos. O país norte-americano fez o pedido após levantar suspeitas de fraudes a instituições financeiras e violação de sanções impostas ao Irã. Caso seja acusada, Meng Wanzhou pode pegar até 30 anos de prisão.
BRIGA COMERCIAL
Enquanto isso, um tribunal chinês proibiu a venda e importação de alguns modelos do Iphone, da Apple, a segunda maior concorrente da Huawei. A decisão foi tomada após a fabricante de chips americana Qualcomm afirmar que a Apple violou as patentes da empresa.
A disputa judicial entre Qualcomm e Apple na China é antiga. Desde o início do ano, a fornecedora de chips acusa a fabricante do IPhone de ter roubado informações secretas e repassado à sua concorrente, Intel.