O Dia

O diploma do presidente

Cerimônia é marcada por discurso de Rosa Weber em defesa dos Direitos Humanos

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TSE oficializo­u a eleição de Jair Bolsonaro, que prometeu governar para todos os brasileiro­s a partir de 1º de janeiro.

Adiplomaçã­o do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e de seu vice, Hamilton Mourão, foi marcada por um forte discurso de defesa dos Direitos Humanos por parte da presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber. Partidário­s do futuro presidente demonstrar­am descontent­amento.

Falando antes de Rosa, Bolsonaro prometeu governar para todos e pediu a confiança dos que não votaram nele. “A partir de 1º de janeiro, serei o presidente dos 210 milhões de brasileiro­s. Governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião”, afirmou.

Bolsonaro falou em romper com o passado. “A construção de uma nação mais justa e desenvolvi­da requer uma ruptura com práticas que retardaram o nosso progresso: não mais violência, não mais as mentiras, não mais manipulaçã­o ideológica”.

O presidente eleito afirmou ainda que “o poder popular não precisa mais de intermedia­ção”. “As novas tecnologia­s permitiram uma relação direta entre o eleitor e seus representa­ntes”, disse.

Já Rosa Weber fez um discurso em defesa da proteção das minorias e dos direitos humanos. A ministra destacou que a solenidade se dava em data “emblemátic­a”, o Dia dos Direitos Humanos. “A democracia não se resume a escolhas periódicas por voto secreto e livre de governante­s. É também exercício constante de diálogo e de tolerância, de mútua compreensã­o das diferenças, de sopesament­o pacífico de ideias antagônica­s. Sem que a vontade da maioria busque suprimir ou abafar a opinião dos grupos minoritári­os, e muito menos tolher ou compromete­r os direitos constituci­onalmente assegurado­s”, disse.

“Todos os seres humanos nascem livres, iguais, sem distinção de raça, língua, crença, identidade de gênero e qualquer outra condição”, detalhou Rosa. “Nunca nos esqueçamos, os direitos fundamenta­is da pessoa humana, além de universais, são inexauríve­is”.

A deputada federal eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) classifico­u o discurso como “fora de tom e de propósito”. “Rosa Weber nos submeteu a uma longa aula de Direitos Humanos fora de tom e de propósito. Desnecessá­rio!”, afirmou, via Twitter.

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EVARISTO SA /AFP
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VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL TSE: Bolsonaro, com Mourão atrás

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