O Dia

Freixo questiona a ligação do assassinat­o à grilagem de terras

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N Depois de receber nova ameaça de morte, o deputado estadual Marcelo Freixo cancelou atividade que faria hoje em Campo Grande. O cancelamen­to ocorreu após a Polícia Civil revelar um plano de milicianos da região para matar o parlamenta­r. Ontem, Freixo voltou a criticar a atuação de grupos paramilita­res no estado.

“Quando completa dez anos do relatório da CPI das Milícias, volto a ser ameaçado de morte. A ameaça não é para mim, mas para a própria democracia, para as pessoas que defendem os direitos humanos”, reclamou o deputado, que assumirá, em fevereiro, uma cadeira na Câmara Federal.

Ele vai manter a atual segurança. O deputado, no entanto, critica a falta de vontade política de combater as milícias. “A CPI serviu para que o Ministério Público e a Polícia Civil prendessem uma quantidade enorme de milicianos, mas eles continuam mandando nos lugares e nas pessoas”, comentou.

Marcelo Freixo também cobrou das autoridade­s respostas e a prisão dos culpados pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele frizou que é difícil acreditar que a morte da vereadora esteja vinculada à grilagem de terras. “Marielle estava na minha equipe quando eu fiz a CPI das Milícias. Ela atuou nos bastidores. Não vejo a possibilid­ade de a morte ter vínculo em relação ao nosso trabalho com as milícias”.

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ALEXANDRE BRUM/AGÊNCIA O DIA Deputado conta que vai manter mesmo esquema de segurança

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