Deputados brigavam por nomeações
> A disputa por cargos públicos foi motivo de muitas brigas entre os deputados estaduais denunciados por corrupção. É que, volta e meia, um parlamentar passava a perna no outro, nomeando apadrinhados políticos em cargos na região que não lhe pertencia. O clima esquentava e o governo era chamado para conter os ânimos.
O deputado André Corrêa (DEM) era um dos que mais sofria com as investidas dos parceiros de crime em seus feudos. Em e-mail, com data de 12 de junho de 2013, trocado com o secretário de Governo de Cabral, Wilson Carlos, e com os deputados Edson Albertassi e Gustavo Tutuca, ambos do MDB, Corrêa desabafa: “Caros, acabo de levar uma bola nas costas com a exoneração, sem combinar, da chefe da Leão 13, em Barra do Piraí. Sem combinar é f...! Amigos Tutuca e Albertassi, quem é o pai da criança?”, cobra Correa.
Edson Albertassi responde quatro horas depois: “André, de bola nas costas eu entendo... desconheço, mas vou ver se partiu do meu gabinete”. Por fim, Albertassi confirma que “a indicação partiu do meu gabinete. Estamos seguindo o acordo original da Segov”. Questionado se além dos dez deputados denunciados, outros parlamentares poderiam ser presos, o procurador Carlos Aguiar advertiu que “nem todos que se alimentaram do esquema foram alcançados”.