Surgem novas denúncias de funcionárias fantasmas de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa
Duas funcionárias davam expediente na sede do PSL e outra acumulava funções
Duas assessoras parlamentares do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), nomeadas com cargos na Alerj em maio, e incluídas na folha de pagamento, nunca apareceram para trabalhar. Lídia Cristina dos Santos Cunha e Valdenice de Oliveira Meliga, no entanto, trabalham na sede do PSL, no Recreio, como divulgou ontem a coluna Informe do DIA. Outra ex-assessora do parlamentar, Nathalia de Melo Queiroz, batia ponto como recepcionista em uma academia no mesmo período em que também aparecia na folha de pagamento da Alerj.
De acordo com o UOL e o jornal Folha S. Paulo, Nathalia, que é filha do ex-motorista de Flávio, Fabrício José Queiroz, era contratada em regime CLT e dava expediente na rede Bodytech, no Norte Shopping, a 14 km da assembleia. Ela foi contratada pela empresa em abril de 2011 e ficou na função até julho de 2012. Em 2011, a ex-assessora acumulava as aulas em uma universidade em Realengo, o emprego fixo como recepcionista e o cargo na Alerj (no departamento de taquigrafia e debates, no qual ficou até julho de 2011 com salário bruto de R$ 2.950,66).
Em agosto de 2011, segundo o UOL, a jovem virou assessora direta de Flávio Bolsonaro, e permaneceu na função até dezembro de 2016 com vencimentos de R$ 9.835,63 mensais. Após ser exonerada do gabinete do deputado, em dezembro de 2016, Nathalia foi nomeada como secretária parlamentar de Jair Bolsonaro. Conforme o UOL, Nathalia trabalha como personal trainer no Rio há pelo menos três anos.
Em nota, Flávio Bolsonaro negou qualquer ilegalidade ou irregularidade na atuação de Nathalia como assessora parlamentar lotada no seu gabinete na Alerj. “A descentralização de gabinetes e funcionários sempre foi permitida mediante a aplicação subsidiária de ato da Câmara dos Deputados e, posteriormente, por Ato da Mesa Diretora da própria Alerj”, informou Flávio.