Filho de Witzel atuará em programa LGBT da prefeitura
Erick participou de reuniões na Coordenadoria da Diversidade Sexual do Rio e o titular da pasta lhe ofereceu cargo na administração
Filho do governador Wilson Witzel, Erick Witzel, de 24 anos, vai ocupar o cargo de assessor da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS) da Prefeitura do Rio. O jovem, que é transexual, atenderá o público trans no programa Trans+Respeito, juntamente a outros cinco profissionais.
O convite foi feito ontem, em uma reunião no Palácio da Cidade. O programa de inclusão busca promover oportunidades de trabalho para travestis, homens e mulheres transexuais.
Para Erick, o convite da prefeitura foi uma surpresa. “Espero contribuir com projetos que possam melhorar a vida dessa população, com políticas públicas direcionadas. Precisamos da integração dessa população nos serviços públicos, em todas as esferas”, pontuou.
O titular da pasta Nélio Georgini explicou que dois integrantes da CEDS, que trabalharam com Erick em um evento no fim de janeiro, trouxeram a demanda de chamá-lo para a secretaria.
“Conversamos internamente e eles arrazoaram o convite via movimentos sociais. A voz dos movimentos é primordial na minha gestão”, pontuou Nélio. “É importante manter o diálogo entre o poder público, e os movimentos sociais, para construir ações eficazes em prol da causa LGBT”, acrescentou ele.
Matriculado em um curso de História para Políticas Públicas LGBTs e formado em gastronomia, Erick ficou conhecido nas redes sociais após afirmar que faria oposição ao governo do pai. “Muita gente preparada poderia estar aqui em meu lugar, é uma oportunidade de ouro. Do ano passado para cá, aprendi muitas lições. Depois de toda exposição midiática, percebi a importância de levantar essa bandeira para ajudar outras pessoas”, finalizou o filho de Witzel.
Integrado à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, o Trans+Respeito tem como mote o plano de educação e formação profissional para essa população. O programa foi desenvolvido por conta da evasão nas escolas, e pela dificuldade de inserção no mercado de trabalho.