OAB ouviu testemunhas e apura quem era inocente
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem de Advogados do Brasil (OAB-RJ) ouviu, ontem, famílias e moradores que relataram a mesma coisa: as pessoas estavam encurraladas e se entregaram no momento em que foram abatidas pelos policiais.
“As famílias ainda estão sendo ouvidas. Nós estamos apurando quem de fato era inocente. Mas o que prevalece nesta ação, é ausência de políticas públicas. É uma operação totalmente sem propósito e desastrada”, declarou Álvaro Quintão, presidente da comissão.
Quintão destacou ainda que Segurança Pública se faz com inteligência. “A Polícia chegou agindo como se apontar, atirar e matar fosse a solução, como se o tiro fosse a única solução”, afirmou. A comissão ouvirá ainda outros depoimentos e encaminhará as denúncias para os órgãos competentes.
Em nota, a Defensoria Pública do Estado do Rio destacou que acompanha os desdobramentos da operação, e articula uma visita à comunidade do Fallet nos próximos dias com o objetivo de ouvir relatos dos moradores.
Procurado pelo DIA, o governador Wilson Witzel não comentou a atuação da PM. Já a oposição do político usou as redes sociais para criticar ação. “Nas favelas a polícia entra com o pé na porta, fuzil na cara: atira antes, pergunta depois. Até quando?”, indagou a deputada estadual Renata Souza (Psol).