Traficantes torturam e matam moradora
A Polícia Civil encontrou na manhã de ontem, os restos mortais da ajudante de cozinha Lucélia Venâncio de Almeida, de 33 anos, desaparecida desde 19 de janeiro. Ela sumiu na comunidade Santa Maria, na Praça Seca, após ser sequestrada por bandidos que atuam no morro. Segundo policiais, ela foi confundida como informante da PM.
As roupas e os restos mortais da vítima estavam na localidade Quintal do Bira, no alto da comunidade, e foram reconhecidos pelo marido da vítima. De acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), antes de ser assassinada, Lucélia foi amarrada, espancada e estuprada por pelo menos cinco traficantes ligados ao Comando Vermelho (CV).
“O marido reconheceu a esposa pelas roupas que ela usava”, disse a delegada Ellen Souto, da DDPA.
No final de 2018, Lucélia, o marido e os cinco filhos foram expulsos da Santa Maria após traficantes tomarem a favela depois que a Polícia Civil prendeu milicianos. Os bandidos acharam que o marido de Lucélia fazia parte do grupo paramilitar e ordenou que eles deixassem a comunidade.
Dias depois, os traficantes permitiram o retorno da mulher com os filhos, mas no mês passado, a casa de Lucélia serviu como base em uma operação da PM, e ela ficou com medo de morar lá. No entanto, após três dias ela desapareceu depois de ir em casa para dar comida a seus animais de estimação.