O Dia

Crivella deve esperar reforma de Bolsonaro para enviar texto à Câmara

PEC para alterar Previdênci­a do país é determinan­te para municípios, como o Rio, proporem medidas

- Paloma Savedra e-mail: paloma.savedra@odia.com.br

Em compasso de espera pela entrega do texto da Reforma da Previdênci­a no Congresso, diversos estados e municípios planejam ajustes em seus fundos previdenci­ários. É o caso da Prefeitura do Rio, que enviou à Câmara dos Vereadores, no ano passado, projeto que tratava do Funprevi — com déficit estimado em R$ 1 bilhão para este ano —, mas, em agosto, pediu o arquivamen­to do texto. A expectativ­a era de que enviasse outra mensagem à Casa, mas, por ora, integrante­s do Executivo preferem aguardar o que virá de Brasília, já que a reforma provocará efeito cascata.

A Proposta de Emenda à Constituiç­ão (PEC) do governo Bolsonaro deve chegar até o fim deste mês de fevereiro ao Parlamento, segundo declarou ontem o ministro da Casa Civil, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Inicialmen­te, os governista­s apostavam que conseguira­m apoio suficiente e aprovação da PEC

no primeiro semestre deste ano, mas agora avaliam um possível aval do Legislativ­o em seis meses.

No Município do Rio, o projeto que foi arquivado pelo Legislativ­o carioca previa medidas para reforçar o caixa do fundo. Um dos itens estipulava o fim do perdão de dívidas que o Tesouro Municipal tinha com o Funprevi no passado. Cálculos preliminar­es apontavam que isso representa­va o montante de cerca de R$ 2 bilhões.

O pagamento do Tesouro à previdênci­a seria parcelado. E se a cobrança de débitos antigos for mantida em uma uma nova proposta que chegará à Câmara, a forma de quitação seria mantida, ou seja, em cotas.

Outra medida prevista no texto era a volta da amortizaçã­o do financiame­nto imobiliári­o para o Instituto de Previdênci­a e Assistênci­a do Município (Previ-Rio) — autarquia que administra o Funprevi — e não mais para o fundo. O governo Crivela pretendia ainda, com aquela proposta, repassar o valor arrecadado com a taxa de administra­ção dos empréstimo­s consignado­s para o Previ-Rio.

REFORMA DARá O TOM

Mas com o desenrolar da PEC na capital federal, o município poderá mudar completame­nte os planos e propor outras medidas não antes previstas. E o governo Crivella não segue sozinho essa linha de raciocínio: há prefeitos do Estado do Rio e de cidades de todo o país contando os dias para a Reforma da Previdênci­a sair. Eles têm se reunido com o governo federal, assim como governador­es.

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JúLIA MAIA/CMRJ Se Crivella mandar proposta após possível aval à PEC em Brasília, Câmara do Rio terá que votar novo texto
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