Prisão foi feita pela Polícia Federal em São Paulo. Ele teria ligações com ex-governador Sérgio Cabral
Dario Messer, o ‘doleiro dos doleiros’, é preso
Dario Messer, conhecido como o “doleiro dos doleiros”, foi preso ontem em uma ação da Polícia Federal em São Paulo. Ele era alvo da Operação Câmbio, Desligo, braço da Lava Jato no Rio de Janeiro. Segundo a PF, Messer, que estava foragido desde maio de 2018, foi encontrado em um flat na capital paulista. Segundo o Ministério Público Federal, ele teria ligações com o exgovernador Sérgio Cabral.
A Operação Câmbio, Desligo foi deflagrada em
3 de maio de 2018 contra um grandioso esquema de movimentação de recursos ilícitos no Brasil e no exterior. As transações financeiras eram realizadas por meio de operações dólar-cabo, que é feita com entregas de dinheiro em espécie, pagamentos de boletos e compra e venda de cheques de comércio.
A delação dos doleiros Vinícius Vieira Barreto Claret, o Juca Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, resultou na operação. A ação tinha como principal alvo Dario Messer, apontado como controlador de um banco em Antígua e Barbuda com 429 clientes, até meados de 2013.
CERCO FECHADO
No início deste mês, a Polícia Federal prendeu um dos principais homens de confiança de Messer, Mario Libmann. Ele e seu filho, Rafael, são suspeitos de suposta lavagem de dinheiro em benefício do doloeiro. Segundo as investigações, somente Rafael tem 18 apartamentos de luxo.
A Procuradoria-Geral da República no Rio “assinala que foram adquiridos imóveis no Rio de Janeiro e em São Paulo por Rafael Libman e Denise Messer, com pagamento em espécie diretamente das contas de Dario Messer”.
Na decisão que decretou a prisão do operador, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, anotou que, “segundo apurado pelo MPF, Rafael Libman conta atualmente com dezoito apartamentos em áreas nobres do Rio e de São Paulo”.
Segundo o Ministério Público Federal, o esquema de Dario Messer estaria ligado ao ex-governador Sérgio Cabral, preso desde novembro de 2016 e que acumula mais de 216 anos em penas. “Esse esquema, na verdade, se emaranhava em um outro esquema muito maior de lavagem de dinheiro que foi desvendado por meio de alguns doleiros que atuavam com o governador Sérgio Cabral”, afirmou o procurador Almir Teubl.