O Dia

AFINAL, QUE TANTOS ‘Is’ SãO ESSES?

Índices de preços impactam orçamento. Sabia como usá-los para economizar

- MARTHA IMENES martha.imenes@odia.com.br

Todos os meses institutos de pesquisa, como Fundação Getulio Vargas (FGV) e IBGE, por exemplo, divulgam índices de preços que impactam diretament­e a vida do cidadão comum e muita gente nem sabe que tantos “is” são esses que vira e mexe damos de cara no noticiário. Para traduzir esse “economês”, O DIA listou três indicadore­s que têm reflexo direto no orçamento familiar: são eles o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

O IGP-M, da FGV, reajusta contratos anuais, principalm­ente os de aluguel, energia, telefonia, escolas,

e até alguns planos de saúde. Por isso, quando ele sobe, é preciso dar uma “pisada no freio” e buscar formas de negociar contratos e preços.

“Um IGP-M de 7% ao ano significa que uma prestação de R$ 1 mil após 12 meses, vai aumentar para R$ 1.070”, exemplific­a o professor Gilberto Braga, economista da Fundação D. Cabral e do Ibmec.

Já o IPCA, do IBGE, que é a inflação oficial do governo, reflete o preço final ao consumidor para produtos e serviços do varejo, como concession­árias de serviços públicos e internet.

“A meta atual de inflação é de 4,25% ao ano, sendo o mínimo 2,75% e o máximo 5,75%”, explica o economista. “Atualmente a inflação em 12 meses está em 3,37%. Ou seja, está dentro da meta do governo federal”, afirma o economista.

E tem ainda o IPC, calculado pela FGV, que adota como base as despesas de consumo. “Este índice é o que traduz com mais precisão o aumento dos preços”, adverte o professor. Entram na pesquisa desse índice itens como alimentaçã­o, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transporte­s, despesas diversas e comunicaçã­o.

“Quando o IPC aumenta, o valor da prestação tende a ficar mais cara nas compras a prazo”, explica o economista Gilberto Braga.

RESULTADOS

Para se ter uma ideia, o acumulado dos últimos 12 meses do IGP-M fechado em julho ficou em 6,39%. Já o IPC deixou a deflação registrada em junho, de 0,02%, e acelerou para alta de 0,31% em julho, informou FGV. Frente a terceira quadrissem­ana do mês, o avanço foi de 0,13 ponto percentual, de 0,18%.

O Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central, na quinta-feira passada, mostrou que a média para o IPCA este ano passou de alta de 3,78% para elevação de 3,80%. A projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,90%. Ou seja, toda dica que dê para economizar uma graninha é bem vinda!

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